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sábado, 28 de janeiro de 2012

Caçador de unção

 



Atualmente tenho visto tantas aberrações no meio evangélico, que não é necessário ser graduado em Teologia para identificar desvios teológicos grotescos praticados por homens que fazem uso de uma hermenêutica viciada e comprometida com seus interesses.

Abaixo segue um vídeo, já antigo, postado por um homem que se intitula pastor, que feliz da vida, fez uma viagem do Paraná até Brasília a fim de participar de, segundo ele o maior evento do século, com Morris Cerullo e Mike Murdock, num misto de idolatria e loucura ele tenta tocar Cerullo a fim de ser abençoado, fazendo uma analogia a mulher do fluxo que tocou nas vestes do SENHOR JESUS.



Que o SENHOR tenha misericórdia de nós!!!







sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Servir às pessoas: muitos falam, mas poucos fazem isso de fato


“O que você deseja ser quando crescer?”. É uma pergunta que todos gostamos de fazer às crianças. E as respostas mais comuns são: “médico”, “advogado”, “engenheiro”... Alguns são mais ousados. Respondem: “artista de televisão”, ou “cantor”, ou “jogador de futebol”. Recentemente, um garoto me disse que queria ser mecânico ou lixeiro. Quando lhe indaguei o porquê, deu-me uma resposta clássica para um menino de nove anos: “Para poder ficar sujo!”. Sorri, lembrando-me momentaneamente de minha própria infância. E entendi perfeitamente o que ele quis dizer.

Vamos pegar esta pergunta e revirá-la um pouco. Imaginemos que estamos perguntado a Jesus Cristo o que ele deseja que sejamos, quando crescermos. É uma pergunta inteiramente nova. E creio sinceramente que ele daria a mesma resposta a todos nós: “Quero que você seja diferente... Que seja um servo”.

Em minha vida toda, nunca ouvi alguém dizer que, ao crescer, gostaria de ser servo. Parece uma posição aviltante... Humilhante... Sem dignidade bastante. Jerry White, em seu valioso Honesty, Morality and Conscience (Honestidade, Moralidade e Consciência), aborda essa questão de servir aos outros:

“Os cristãos devem ser servos tanto de Deus como das outras pessoas. Mas a maioria das pessoas encara o trabalho e os negócios – a vida em geral – com a seguinte atitude: “O que posso obter disso?”, em vez de: “Como posso contribuir?”. Às vezes, gostamos de pensar em nós mesmos como servos de Deus. Quem não gostaria de ser servo de um rei? Mas quando se trata de servir a outras pessoas, pomo-nos a questionar as consequências.

A ideia de servir a Deus nos faz sentir nobres; mas a de servir às pessoas nos faz sentir humilhados. Servindo a Deus, recebemos recompensas; servindo às pessoas, principalmente àquelas que não podem retribuir-nos, não recebemos nenhum benefício visível, nem glórias – a não ser de Deus.

Cristo nos deu o exemplo: ‘O Filho do homem... não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.’ (Mt 20.28). Para sermos servos de Cristo, temos que ser servos das pessoas. O conceito de servir as pessoas deve ser a base de tudo o que fazemos, no trabalho e nos negócios. Ao servir, temos de pensar primeiro naquele a quem servimos. Um funcionário de uma firma que se dispõe a servir em seu trabalho está honrando a Deus, e aumentando seu próprio valor diante de seu empregador. Por outro lado, o empregado que procura servir a si mesmo dificilmente será valorizado por qualquer companhia”.

Quando Jesus se achava aqui na terra, atraiu a si um grande número de pessoas. Certo dia, sentou-se no meio delas e pôs-se a ensinar-lhes algumas verdades básicas sobre o crescimento delas, segundo o desejo dele. O relato deste seu “Sermão do Monte” encontra-se em Mateus 5,6 e 7. Se fossemos sugerir um título geral para este grandioso sermão, seria: “Seja diferente”. Várias vezes durante o sermão, Jesus apresenta a maneira de agir e sentir dos religiosos de seus dias, e em seguida instrui seus discípulos a serem diferentes deles.

Mateus 5.21,22:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus 5.27,28:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus 5.33,34:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus 5.38,39:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”
Mateus 5.43,44:
“Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo...”

Em Mateus 6, ele continua a explicar como deveriam ser diferentes nas esmolas para os necessitados (6.2), nas orações (6.5) e nos jejuns (6.16). O versículo-chave deste sermão é: “Não vos assemelheis, pois, a eles...” (6.8). O fato é que Jesus enxergava o que havia por trás do orgulho e da hipocrisia daqueles religiosos, e estava resolvido a incutir nos discípulos traços de caráter, tais como humildade e autenticidade. Seu ensino diferente cortava aquela fachada de devoção religiosa como uma faca afiada corta a manteiga.

Até hoje, este sermão constitui o delineamento mais perfeito da contracultura cristã dada no Novo Testamento... Oferecendo um estilo de vida totalmente oposto ao do sistema do mundo.

A introdução do sermão de Jesus é, sem dúvida alguma, a mais conhecida passagem dele, e se acha em Mateus 5.1-12. Trata-se da descrição mais exata do retrato de um servo cristão.

Trecho retirado do livro “Eu, um servo? Você está brincando!”, de Charles Swindoll

Publicado no ASSEM-BEREIA DE DEUS

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PERIGO! PALHUDOS E AÇOUGUEIROS

Por Ir. Marcos Pinheiro


Os púlpitos de muitas igrejas estão sendo ocupados por pastores que estão magnetizando as multidões com seu charme, carisma pessoal, técnicas de vendas, sermões sobre o amor e do tipo “sinta-se bem consigo mesmo”. Nesse contexto, muitas ovelhas estão absorvendo freneticamente práticas carnais que desonram o nome de Jesus Cristo. Os mascates do Evangelho estão enriquecendo com as esquisitices “evangélicas”, provendo aquilo que aparentemente faz sentido à natureza depravada do homem, mas na realidade não têm base Escriturística. Em 1959 pastor e teólogo fundamentalista A.W.Tozer disse: “A qualidade do cristianismo vem piorando ano após ano”. Hoje, constatamos que as preciosas e velhas doutrinas bíblicas estão sendo ignoradas e coisas aprazíveis estão sendo pregadas para agradar aos mortos espirituais. Os bancos das igrejas estão cheios, mas Icabô está escrito nas portas (I Sm 4:21), a glória de Deus se foi, e os castiçais da igreja foram removidos (Ap 2:5).

A igreja aos poucos tem perdido a relevância, a identidade. Igrejas débeis, anêmicas sem autoridade do céu, que pregam uma salvação fácil e um cristianismo mongolóide, folgazão e de entretenimento. Isso tem contribuído grandemente para a inflação do número de adesões transformando a igreja em um grêmio social. A igreja primitiva foi relevante porque foi fiel à sua chamada. Não serviu de trampolim para eleger políticos e nunca teve a pretensão de formar império econômico. A igreja primitiva nunca colocou nome algum, idéia alguma, conceito algum, bem algum, acima daquele Nome que o Pai entronizou - o Senhor Jesus. Hoje, pastores que ao invés de fazer da igreja uma comunidade fiel a Deus e à Sua Palavra, tentam amansar o Evangelho fazendo da igreja uma comunidade bajuladora do ego, um lugar de catarse, de liberação de emoções. O culto passou a ser um evento sócio-emocional.

A marca registrada de Satanás é a enganação. Seu modo de operar e agir é o disfarce. É por isso que no Novo Testamento está repleto de advertência sobre a enganação. Jesus disse: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mat 24:4,5). Paulo adverte: “Para que não sejais mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (EF 4:14). Os falsos líderes são muito perigosos exatamente porque parecem ser ministros da justiça (2 Co 11:15). São especialistas em misturar uma boa quantidade de verdade com um pouco de mentira. Eles sabem muito bem pavimentar a estrada para o inferno com paralelepípedos, alternando verdade e mentira, verdade e mentira. Sim, Satanás é mais astuto que “todas as alimárias do campo” (Gn 3:1) e a facilidade com que consegue conduzir a igreja ao erro doutrinário é surpreendente.

Multidões estão nas mandíbulas dos falsos líderes, ou seja, dos açougueiros. Esses açougueiros mantêm uma aparência de cordeiro, pois sabem que isso é de suma importância para ser bem sucedido no ataque às ovelhas. Eles sabem que para devorar o máximo possível, precisam ludibriar o melhor que podem para ficar sob a capa do disfarce. Por isso pregam pensamento positivo, incubação da bênção, cura interior, auto-estima, neurolinguística, força criadora e confiança em si mesmo. Mas, na verdade, eles vivem em função do Mamon e para o Mamon, por isso esfoliam as ovelhas. São como quem arranca a pele, espedaçam os ossos e extirpam a carne. Após a dissecação, dizem às ovelhas moribundas: “Oferte seu carro que Deus lhe dará um zero”.

Os pastores açougueiros são também palhudos. Jeremias 23:28 diz: “O profeta que teve um sonho, que conte o sonho; e aquele em quem está a minha palavra, que fale fielmente a minha palavra. Que tem a palha com o trigo? diz o Senhor”. A palha são os sonhos, ou seja, é o ofício profético exercido sem veracidade. O trigo é a Palavra que alimenta e fortalece. Os pastores palhudos trocam o trigo pela a palha de seus sonhos paranóicos, fazem promessas que Deus nunca fez e prometem mundos e fundos às suas ovelhas. O que tem valor nutricional é o trigo. A palha é alimento falso, portanto, não dá substância a alma. A palha é o outro Evangelho. Paulo advertiu: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:9). A mensagem central do trigo é: “Que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (I Co 15:3,4). Esse é o trigo em sua inteireza, curto e belo! Essa é a mensagem miraculosa que “virou o mundo de cabeça para baixo” e que ainda hoje chama e salva o ímpio de seus pecados. Se um pastor não enfatiza as Escrituras acima de todas as coisas, na melhor das hipóteses ele está sendo um bobo, e na pior das hipóteses, é alguém que está a caminho do inferno.

Os líderes palhudos-açougueiros estão acometidos da doença “estrelatite”. Querem ser estrela, querem está no topo procurando sempre sua própria glória. Esses pastores têm prazer em se pôr sob holofotes. Percebe-se isto pelas igrejas, digo melhor, pelos palácios eclesiásticos que constroem. A frase de João Batista “Importa que Ele cresça e eu diminua” não existe em suas Bíblias. Esses líderes com suas mentes cauterizadas esqueceram que o desejo mais precioso do homem espiritual é exaltar Deus com tudo o que ele é em tudo que ele faz. A postura do verdadeiro crente é: “Mais Deus, Mais Deus e Menos eu”. O pastor avivalista George Whitefield disse: “Que o nome de Whitefield pereça desde que Deus seja glorificado”. O verdadeiro pastor busca ver-se como servo, como instrumento, e busca sempre a glória de Deus nunca a sua. Uma vida piedosa não precisa de mensagens em painéis eletrônicos e pisca-pisca luzente para chamar a atenção.
Há um ditado popular que diz: “Você pode pegar mais moscas com mel do que com vinagre”. Os pastores palhudos-açougueiros passam noites acordados bolando táticas para atrair mais pessoas aos seus palácios eclesiásticos. São ávidos por números. O negócio é manter o palácio cheio. Do mesmo modo como um bebê é levado a buscar os brinquedos reluzentes e os chocolates, os palhudos-açougueiros empregam todos os tipos de truques em seu arsenal para capturar e manter as pessoas nos seus palácios. Nesse contexto, tudo vale no culto: balés de Jesus, coreografias sensuais, rock, funk, forró, lutas de Box, levantamentos de peso, sorteios para novas construções, consagração de mulheres ao pastorado, quebra de maldições, orações de guerra, bênção do riso, domingo das portas abertas, chaves das realizações e uma série de “cupins carnais” que corroem a sã doutrina. Eles seguem o legado do ateu Lênin: “Os bons fins justificam os maus meios”. Esses réprobos são peritos em tornar o pecado não pecaminoso. Eles induzem as ovelhas a colocar Jesus no banco traseiro fazendo-as conduzir suas próprias vidas. Paulo identificou essa triste realidade e pontificou: “Porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus” (Fl 2:21).

Em Jeremias 2:8 diz: “E os que tratavam da lei não me conheceram e os pastores prevaricavam contra mim”. A maior tragédia que pode acontecer em uma igreja é um pastor que não conhece a Deus intimamente. Na época de Jeremias havia um punhado de doutores da lei com postura altiva sem experiência com Deus. Estudavam a lei, possuíam informações sobre Deus, mas não o conheciam pessoalmente. Assim são os pastores palhudos-açougueiros. Usam trocadilhos de palavras, fazem malabarismo com as Escrituras, alinham suas verborréias, mas não têm conhecimento experiencial com o Senhor. O quarto secreto de intimidade com Deus não existe para eles. O mais grave é que esses homens destratam os verdadeiros profetas do Senhor, chamando-os de xiitas, radicais, dinossauros, legalistas. Quando os pastores palhudos-açougueiros percebem profetas fiéis em seus palácios coloca-os no gelo para se proteger, ou seja, levantam cercas diante da verdadeira pregação não dando oportunidades aos profetas fiéis, pois estes são uma ameaça para seu Mamonistério. Os verdadeiros profetas não fazem apologia ao pecado e nem desconsideram a Palavra de Deus.


Uma característica dos pastores palhudos e açougueiros é a agressividade. Têm procedimento típico de baderneiros de botequim. Dizem em alto e bom tom: “Comigo não tem essa de oferecer a outra face, quem bater leva”, “Tenho os melhores advogados ao meu lado e vou arrebentar”. O verdadeiro líder tem paixão pelo Evangelho e sabe que são os humildes, os mansos, os contritos e os pacificadores que herdarão o céu.
Na visão da maioria a melhor igreja nos dias atuais é aquela em que os dízimos e ofertas crescem exponencialmente; o pastor é um tiozão amoroso de voz aveludada, de sermões edulcorados, deleitáveis e cheios de promessas e de consolação; tem figurões na membresia: jogadores de futebol, campeões de olimpíadas, humoristas famosos, empresários, políticos, cirurgiões renomados; é repleta de encontrões sociais: chás das 17:00 horas das senhoras, feijoadas, bazares, futebol da mocidade, gincanas, desenhos animados para a garotada, balcão de tatuagens, sorteios e bingos. Tudo isso passa a imagem de uma igreja ativa e viva, mas está morta. Além disso, no palácio dos palhudos-açougueiros tudo é gaiato, tudo é festeiro, tudo é sorriso. Ninguém leva a sério a seriedade do Evangelho. Na verdade, o palácio dos palhudos-açougueiros é a clínica do Dr. Sorridente. Com seu sorriso anacâmptico o Dr. Sorridente consegue que sua vontade na igreja prevaleça sobre a vontade de Deus.

Uma igreja somente tem o direito de se chamar igreja de Cristo e para Cristo quando ela vive para o louvor da glória de Deus e alimenta suas ovelhas com a santa, pura e inerrante Palavra de Deus. O verdadeiro ministro do Evangelho não se vende, não se aluga, não se amordaça, não consegue falar de si mesmo. É como o apóstolo Paulo: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (I Co 2:2).

A Palavra de Deus nos exorta a ficarmos vigilantes contra aqueles que querem nos enganar com palavras fingidas (2 Pe 2:3). O exercício constante e persistente do discernimento espiritual nos permite separar o verdadeiro do falso.




Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou.

Por John Piper


1  LOUVAI ao SENHOR. Louvai o nome do SENHOR; louvai-o, servos do SENHOR. 2  Vós que assistis na casa do SENHOR, nos átrios da casa do nosso Deus. 3  Louvai ao SENHOR, porque o SENHOR é bom; cantai louvores ao seu nome, porque é agradável. 4  Porque o SENHOR escolheu para si a Jacó, e a Israel para seu próprio tesouro. 5  Porque eu conheço que o SENHOR é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses. 6  Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos. (SALMO  135)


O salmo começa nos chamando para louvar ao Senhor: Louvai ao Senhor. Louvado seja o nome do Senhor. Então, começando no verso 3 o salmista nos dá razões pelas quais devemos sentir louvor crescendo em nossos corações para Deus. Ele diz, por exemplo (v. 3), "Louvai ao SENHOR, porque o SENHOR é bom;" A lista de razões para o louvor vai ser tratada até o verso 6, e este é o verso que eu quero focar: “Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos.”

Salmo 115:3 diz a mesma coisa: “Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou.”


SEMPRE LIVRE, NUNCA RESTRITO

Este versículo ensina que quando Deus age, Ele age de uma forma que lhe agrada.Deus nunca é obrigado a fazer uma coisa que Ele despreza. Ele nunca é colocado contra a parede onde o seu único recurso é fazer algo que Ele odeia fazer. Ele faz aquilo que lhe agrada. E, portanto, em certo sentido, Ele tem prazer em tudo o que Ele faz.

Estes textos e muitos outros devem levar-nos a nos curvar diante de Deus e louvar a sua liberdade soberana - que, em algum sentido, pelo menos, Ele sempre age livremente, segundo a sua própria "boa vontade", seguindo os ditames de seu próprio prazer.

Deus nunca se torna vítima das circunstâncias. Ele nunca é forçado a uma situação onde Ele deve fazer algo em que Ele não pode se alegrar. Ele não se deixa escarnecer. Ele não está preso ou encurralado ou coagido.
 


A OFERTA DE AROMA SUAVE

Mesmo no ponto mais difícil da história, onde Ele fez o que, em certo sentido, era a coisa mais difícil “[Deus] não poupou seu próprio Filho" (Romanos 8:32). Deus estava livre e fez o que lhe agradou. Paulo diz que o auto-sacrifício de Jesus na morte era "em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave." (Efésios 5:2). O maior pecado, e a morte o maior, e o ato mais difícil de Deus, foi agradável ao Pai.

E até mesmo no seu caminho para o Calvário, Jesus tinha legiões à sua disposição."Ninguém tira a minha vida de mim, eu a dou por minha própria vontade" - de seu próprio prazer, para a alegria que está diante d’Ele. No ponto principal da história do universo, onde Jesus parecia preso, Ele estava totalmente no comando fazendo exatamente o que queria - morrendo para justificar o ímpio, como eu e você.

Por isso, vamos ficar de pé com respeito e admiração. E deixe-nos tremer que não só os nossos louvores sobre a soberania de Deus, mas também sobre a nossa salvação através da morte de Cristo por nós, sejam sustentados nisso: "O nosso Deus está no céu, ele faz o que lhe agrada".
 

 

domingo, 22 de janeiro de 2012

Por que Pecamos?

Por John MacArthur


Por que pecamos? Porque o princípio corrupto da carne permanece em nós. E é isso que nos conduz à desobediência. É claro que somos responsáveis pelos nossos pecados. Porém quando pecamos, não é mais por causa do que somos, é por causa das leis carnais inflexíveis que permanecem em nós e exercem uma contínua influência até que sejamos transformados para a glória celestial. Como Paulo diz: "Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim" (Rm 7.21).

Tanto a Bíblia como a experiência provam que todos os cristãos lutam contra a fraqueza pecaminosa e as tendências carnais ao longo da vida. A tirania absoluta do pecado foi quebrada, fomos libertos de suas garras. Mas ainda sucumbimos às tentações do pecado; carregamos nossa própria carne - o princípio do pecado que permanece em nós ("o corpo desta morte" — Rm 7.24) — como grilhões. Nós somos novas criaturas por inteiro, redimidas e capacitadas pelo Espírito Santo, cheias de toda a plenitude de Deus - mas ainda presas a uma carne pecaminosa. "E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23).


sábado, 14 de janeiro de 2012

A Igreja emergente: A Laodicéia do Século 21?

Por Tim LaHaye



“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).


 
Parece que cada geração tem sua própria apostasia específica e, em alguns casos, até mesmo depois de um avivamento espiritual. A igreja do século 20 começou numa batalha pelos fundamentos da fé cristã. Durante aquele período, os evangélicos (i.e., cristãos da atualidade que crêem na Bíblia e que se constituem de fundamentalistas, separatistas e outros apaixonados amantes da Bíblia) experimentaram um crescimento sem precedentes. Mas então, muitos dos principais seminários começaram a se comprometer, fazendo concessões à filosofia pós-moderna do humanismo secular de nível superior. De 1920 a 1935, muitos líderes fundaram escolas cristãs, institutos bíblicos e seminários que geraram fiéis expositores da Bíblia e igrejas evangelizadoras que ganhavam almas para Cristo em todo o mundo. Infelizmente, vários jovens educadores ingressaram nas universidades seculares a fim de obter seu grau de PhD. Depois de se graduarem, tornaram-se professores de seminário no encargo de ensinar os candidatos ao ministério pastoral a pregarem as Escrituras, sendo que eles mesmos nunca tinham exercido o pastorado, nem haviam se dedicado à pregação. Uma das máximas essenciais do processo educacional é a de que “não se pode partilhar aquilo que não se possui”. O que se verifica com freqüência, nos dias atuais, é que pastores jovens se formam nos seminários, todavia conhecem muito pouco sobre a pregação expositiva, sobre as doutrinas fundamentais, sobre a evangelização e nem mesmo possuem as ferramentas necessárias para atuarem como pastores. Hoje em dia, é comum ver pastores, recém-formados num seminário, assumirem o ministério pastoral de uma igreja, sem nunca terem sido alunos de um professor de seminário que realmente tenha exercido o pastorado de uma igreja.

Além disso, a lavagem cerebral de nossos filhos feita dentro das escolas públicas pelos humanistas seculares, desde a pré-escola até o ensino superior (especialmente nos cursos de pós-graduação) tem produzido uma geração pós-moderna que é avessa aos absolutos morais, ao Evangelho que é o único caminho de salvação e à autoridade da Palavra de Deus. Muitos jovens que estudaram em faculdades cristãs já foram influenciados por essa moderna filosofia secular [N. do T.: Nos Estados Unidos há instituições de ensino fundamental, médio e superior que são mantidas por denominações e entidades evangélicas, cuja proposta de ensino e orientação educacional baseia-se em princípios bíblicos cristãos]. Até mesmo em algumas escolas cristãs de ensino fundamental e médio, é possível encontrar professores com formação acadêmica de orientação humanista, que propõem o ensino de uma filosofia secular dentro de um ambiente cristão. É espantoso verificar o grau de desconhecimento da Bíblia que a maioria dos calouros demonstra ao entrar numa faculdade cristã. O único antídoto para aqueles que sofreram essa lavagem cerebral humanista por muitos anos é uma genuína conversão a Cristo, acrescida de um tempo investido no estudo minucioso da Palavra de Deus.

A secularização da educação cristã fez com que muitos pastores jovens e sinceros se tornassem vulneráveis aos ensinos da igreja pós-moderna, ou como [seus membros] preferem se designar, “Igreja Emergente”. Esse movimento bebe da essência do antinomianismo, uma filosofia na qual os adeptos questionam mais a Bíblia e os fundamentos da fé do que o ensino e a influência anticristãs de sua formação educacional secular. Eles contam com o apoio de Hollywood, da mídia esquerdista e da música “heavy beat” que transmite mensagens antibíblicas num apelo às emoções, enquanto a mente é deixada de lado. Tal música pode, muitas vezes, apelar aos impulsos da carne e já invadiu as igrejas, onde muitos líderes eclesiásticos alegam que ela lhes presta um auxílio no processo de “crescimento da igreja”, tentando provar, com isso, que estão no “caminho certo”.

Entre os falsos ensinos que brotam da Igreja Emergente encontra-se uma forma não tão sutil de ataque à autoridade da Bíblia – um claro sinal de apostasia. Eles não mais afirmam: “Assim diz o Senhor” (apesar do uso dessa expressão por mais de duas mil vezes na Bíblia), por temerem que isso ofenda aquelas pessoas que apregoam a igualdade de todas as opiniões quanto ao seu valor. A Palavra de Deus não é mais interpretada por aquilo que realmente diz; em vez disso, é interpretada por aquilo que diz para você, desconsiderando, assim, o fato de que a formação educacional e a experiência de vida de uma pessoa podem influenciar a maneira pela qual ela interpreta as Escrituras, a ponto de levá-la irrefletidamente a um significado nunca planejado por Deus para aquele texto.

Alguns dão a entender que Jesus foi um “bom homem, até mesmo um bom exemplo, mas Deus?”. Disso eles não têm certeza. Outros relutam em chegar a tal ponto de questionamento, porque se Jesus não é Deus que “se fez carne”, então não temos um Salvador. Entretanto, há outros da Igreja Emergente que põem em dúvida o milagre da concepção virginal de Cristo, Sua morte substitutiva e expiatória, Sua ressurreição corporal e, obviamente, questionam mais de mil profecias bíblicas, tanto as que já se cumpriram, quanto as que ainda estão por se cumprir, as quais descrevem o maravilhoso plano de Deus para o nosso futuro eterno. Uma indicação da situação em que eles realmente se encontram é evidenciada pelas declarações de um dos seus principais líderes (que é chamado de evangélico), “apesar dele agrupar a série de livros Deixados Para Trás na mesma categoria de O Código DaVinci”.[1] Uma afirmação dessas, vinda de um dos líderes da Igreja Emergente, revela o grau de confusão ou de dolo a que eles de fato chegaram. Ou ele está confuso (iludido) quanto às mentiras gnósticas ocultistas que dominam o enredo de O Códico Da Vinci, ou rejeita, intencionalmente, a interpretação literal da Bíblia que é o fundamento da série Deixados Para Trás, baseada no livro de Apocalipse. Não temos nenhuma dúvida ao afirmar que os líderes da “Igreja Emergente” não crêem no arrebatamento pré-tribulacionista, porque não aceitam a divina inspiração e autoridade da Bíblia.

Os mestres pós-modernos que se denominam “evangélicos”, embora neguem a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3), são bem rápidos em falar o que eles e outros filósofos heréticos pensam, porém, raramente dizem o que Deus deixou registrado por escrito em Sua biblioteca de sessenta e seis livros, a Bíblia. Eu, particularmente, creio que eles, na verdade, são hereges, apóstatas e lobos “disfarçados em ovelhas”. Devido ao fato do cristianismo liberal ter caído no vácuo do descrédito e das igrejas liberais terem ficado vazias, eles agora fazem uma tentativa de re-empacotar sua teologia sob a forma de pós-modernismo. Na realidade, a maior parte desses conceitos não passa daquilo que costumava ser chamado de modernismo ou liberalismo, ainda que expressos com uma terminologia pós-moderna.

É difícil obter deles informações quanto ao que realmente crêem, mas eles sabem, muito bem, que não crêem nos fundamentos da fé bíblica. Já é hora de chamarmos a atenção das igrejas para o fato de que tais pessoas são hereges e falsos mestres que “não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2 Tessalonicenses 2.12), tal como Judas escreveu nos versículos 17 e 18 de sua epístola: “Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões”.

A mensagem do Espírito Santo dirigida à igreja de Laodicéia se enquadra perfeitamente à realidade deles: “Ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus. Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres outro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3.14-22).

Minha expectativa de que a verdadeira igreja evangélica assumisse sua posição “em alto e bom som” contra essa nova forma pós-moderna de apostasia, concretizou-se, recentemente, num simpósio de nosso Pré-Trib Study Group [Grupo de Pesquisas Pré-Tribulacionistas], ocorrido no final de 2006. Foram proferidas várias palestras excelentes que expuseram os erros desse novo movimento. Quase que simultaneamente recebi um exemplar do periódico The Master’s Seminary Journal [Jornal do Seminário Master’s] que também desmascarava esse movimento através de artigos escritos pelo Dr. John MacArthur e pelo Dr. Richard Mayhue, dentre outros articulistas. Em seguida, chegaram informações de que o Dr. John MacArthur está escrevendo um livro sobre o assunto. Certamente será uma obra completa, de modo que nos ajudará a confrontar essa heresia moderna pelas Escrituras, tal como somos expressamente orientados a fazer nestes últimos dias (i.e., “[provar] os espíritos se procedem de Deus”, 1 João 4.1). Pastores inexperientes e mal alicerçados na Palavra de Deus estão sendo influenciados por essa forma atual de apostasia. Se tais pastores, porventura, comprarem essas idéias nitidamente heréticas, levarão suas igrejas ao desvio da verdade, através de falsos ensinamentos. Se líderes cristãos proeminentes e bem conhecidos não se opuserem abertamente a essa distorção apóstata, é muito provável que se cumpram, negativamente, as palavras desta profecia: “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18.8).

Ao procurar uma igreja para sua família, certifique-se de avaliá-la pela importância que dá à Palavra de Deus. Você se lembra daqueles judeus “de Beréia”? Eles pesquisavam diariamente nas Escrituras para saber se os ensinamentos de Paulo e Silas eram legítimos e coerentes: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (Atos 17.11)


Nota:
1. ‑Jan Markell, “Other Observations on the Condition of the Evangelical Movement”, publicado na revista Lamplighter Magazine, vol. XXVIII, edição jan/fev de 2007, p. 12.


Publicado no Chamada

    


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Por que estou surpreso?

Por Robson T. Fernandes


Apesar de alguns anos na estrada às vezes ainda me surpreendo com algumas coisas que não deveria. Me surpreendo com uma série de práticas que são aceitas, avultadas, incentivadas, cultuadas e propagadas no meio denominado evangélico. Muitas coisas ainda me surpreendem. Por exemplo: 

1) Me surpreendo quando um líder que propaga uma miscigenação religiosa sincretista e antibíblica busca em nome de um interesse comercial e financeiro se apresentar como um apologista e defensor da fé bíblica, quando – para piorar a situação – habitualmente comete erros mais grotescos do que aqueles que denuncia;

2) Me surpreendo com cantores que ensinam as mais diversas práticas antibíblicas e estranhas ao cristianismo. Práticas de origem hindu e oriental, associadas a um feminismo que tem se entranhado cada vez mais no seio da igreja e que os fazem viver nabadescamente, e ainda assim são aclamados no meio gospel, muito embora façam sociedade com grupos iníquos em nome de retorno financeiro e fortalecimento de seu império particular, em nome de Jesus;

3) Me surpreendo com líderes que usam os veículos midiáticos como arma, para falar em nome da comunidade evangélica como se fosse o seu representante legal, na ânsia por poder e na ganância desenfreada por ocupar um espaço que há muito está vazio desde a queda de outro líder nacionalmente influente, pensando, enganosamente, que é apologista e defensor de uma fé bíblica, quando também faz associações com líderes desvirtuados doutrinariamente e que se obstina em produzir criativamente unções e revelações que visam simplesmente esvaziar os bolsos de seus telespectadores, com um ar de arrogância, para também fortalecer seu pequeno império particular.

Por que eu estou surpreso?

Acho que não é por causa dos escândalos, mas porque agora todo mundo quer ser apologista! Estou surpreso porque esses “novos apologistas” pensam que podem falar em nome do povo, pensam que têm autoridade para falar o que estão falando, pensam que têm bagagem teológica para falar mas são incapazes de ver uma enorme trave em seu próprio olho.

Espíritas disfarçados de crentes querem ser apologistas, cantores de músicas hindus e feministas disfarçadas de bíblicas querem ser apologistas e falsos profetas criadores de falsas unções, sedentos por poder e posição também querem ser apologistas?

Agora, o que não me surpreende mais é ver que a grande maioria [1] daqueles que estão na TV não pregam a Bíblia, mas buscam apenas o fortalecimento de seus impérios e ministérios particulares, com uma oratória convincente e com a utilização de técnicas de manipulação de massa. Falam o que a grande maioria quer ouvir, e não o que precisam ouvir. Isso não me surpreende mais.

"Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo." (Mt 18:7)

Nota
[1] Eu disse “a grande maioria”, porque ainda existem uns pouquíssimos, contados nos dedos das mãos, que não caminham neste rumo.

Publicado no  NAPEC - Apologética Cristã

domingo, 8 de janeiro de 2012

Bandidos da Fé

Por Ir Marcos Pinheiro


O apóstolo Paulo advertiu os irmãos da Galácia acerca de pessoas fraudulentas no meio das igrejas: “Eles têm zelo por vós, não como convém; mas querem excluir-vos, para que vós tenhais zelo por eles” (Gl 4:17). Na verdade, Paulo estava alertando as igrejas quanto aos bandidos da fé. Ireneu, o pai da Ortodoxia Cristã, alertou: “O erro nunca vem com todas as suas deformidades, pelo contrário, parece até mais verdadeiro que a verdade”.

Cada vez mais o Evangelho está sendo adaptado a um mundo consumista no qual as pessoas querem cada vez mais coisas, nenhum problema e mais conforto. As pessoas estão deixando de ser pecadoras carentes de salvação e passando a ser compradoras de bênçãos, de prosperidade material. Essa deformidade deve-se aos bandidos da fé. Como as pessoas querem coisas e mais coisas, riquezas e mais riquezas, esses sórdidos não pregam sobre perdão de pecados, arrependimento, vida eterna, salvação, santidade, juízo de Deus. Falam de dinheiro, carro novo, operações comerciais e empresas que estavam falindo e agora, têm filiais na Europa e Estados Unidos. As bem-aventuranças apregoadas pelos bandidos da fé resumem-se em: “Bem-aventurados os ricos, os opulentos”. A bandeira levantada por eles é: “Deus prometeu deixar ricos todos nós”. Esses larápios são promotores da “doutrina de mão dupla”, pois ensinam que os crentes devem dar dízimos e ofertas esperando receber algo em troca. Para esses acadêmicos da opulência, o amor não é a motivação mais sublime, pois a fé que eles pregam é uma fé que promove a recompensa e a avareza. Deus advertiu contra esse engano: “Os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (I Tm 6:9). Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me”. Portanto, é muito claro que o caminho do crente é o da cruz e não o do trono. O trono vem depois, mas a estrada é a da cruz, e não a da opulência e abastança material.

Os bandoleiros da fé são “doutores” em decretar opulência sobre os filhos de Deus. Pregam muito sobre as bênçãos de Abraão, pois as riquezas de Abraão dão mais ibope que a cruz de Cristo. Esses homens vis esquecem que Deus operou na vida de Abraão por causa de seu propósito eterno e de sua soberana vocação. O Senhor pode fazer conosco diferentemente do que fez com Abraão. Vale lembrar que Deus se apresentou a Abraão como “Eu Sou El Shadday”, ou seja, “Eu Sou o todo suficiente”. Mas, em seguida exigiu intimidade, obediência e integridade: “Sê perfeito”, ou seja, “Viva uma vida de intimidade comigo e seja obediente a mim em tudo”. Portanto, as bênçãos de Deus não estão associadas às promessas Cerulloanas, Murdockanas, Malafaianas, Valdomiroanas, Macedoanas, Soaresanas. As bênçãos do Senhor não se ligam a campanhas de “Novecentos e onze reais”, “Dez mil e onze reais”, “Doze parcelas de trinta reais”, “Mil reais durante doze meses”. Nas Escrituras nunca as bênçãos de Deus estão dissociadas da obediência e da santidade. Além disso, os reformadores nunca decretaram enriquecimento dos crentes como fazem os assassinos da fé.

Engolfados em sua teologia espúria, os gatunos da fé surripiam dinheiro do povo para comprar suas mansões e jatinhos. São consumidores inveterados. São como as filhas da sanguessuga: “A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e quatro nunca dizem; basta” (Pv 30:15). Provérbios 30: 14 descreve muito bem a característica dos pelintras da fé: “Seus dentes são espadas e seus queixais são facas para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens”. À semelhança de Judas Iscariotes, os trapaceiros da fé metem a mão no dinheiro destinado à obra do Senhor multiplicando suas contas bancárias e suas viagens ao exterior além de custearem a educação de seus filhos em Universidades americanas. Esses bandidos atuam na casa do Mestre com uma única finalidade: Faturar e Faturar. Não cuidam das ovelhas, não as visitam, não as admoestam, não as conclamam a uma vida santa. Esses réprobos transformam suas igrejas em McDonald’s, Burger King e Habib’s, pois oferecem às ovelhas, refrigerantes, batata frita e cachorro quente, ou seja, não lhes dão alimento espiritual sólido e saudável, o que as deixam espiritualmente desnutridas. Esses criminosos da fé sem nenhum pejo vomitam asnices através de sermões enlatados que causam náuseas.

Os gateadores da fé são hipócritas, pois fingem ter vocação pastoral. Eles vêem no pastoreio um meio propenso para enriquecer. Adoram Mamon! Não é Mamão, é Mamon mesmo. O pior é que muitos deles dão uma de fundamentalista quando estão no púlpito. Pronunciam-se contra a Teologia Relacional, contra a Teologia da Libertação, contra o Evolucionismo, contra o Universalismo, contra o Homossexualismo, contra a Nova Era. Combatem algumas heresias e ao mesmo tempo estão atolados até o pescoço na lama. Apóiam as “bailarinas de Jesus” dançando seminuas no púlpito ao som das músicas de Luiz Gonzaga, Chitãozinho e Xororó, Ivete Sangalo e Daniela Mercury com letra bíblica. Abominação! A palavra de Deus não deve ser colocada nos penicos de Satanás.

Na época das eleições os bandidos da fé fazem conchavo com os políticos, pois o tesouro deles não está no céu, mas, nos bancos nacionais e internacionais. Despertados pelas tramóias proporcionadas pelo político seduzem suas ovelhas com a frese: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”. Ingenuamente as ovelhas caem na armadilha e votam em quem eles mandam votar.

A Cracolândia, digo melhor, a igrejolândia dos bandidos da fé entorpecem os “fiéis” com seus megaeventos com palcos estrambóticos de milhões de decibéis onde cantores narcisistas e com delírio de grandeza se apresentam no estilo Hollywood com suas calças apertadas, botas xuxalinas, piercings, brincos e cabelo moicano. Esses profissionais da música cobram cachê, adoram ser adorados, são movidos a glamour e se deleitam em dar autógrafos.

Na igrejolândia o culto é direcionado para garantir a volta do ouvinte no próximo domingo. O negócio é saturar os olhos do povo com cores, fumaça, batucada, danças, bandeiras, telões e filmagem. Apesar dos anéis nos dedos e alguns, até chapéu de cowboy usam, trazem mensagens paupérrimas, pois carecem de uma exegese sadia e boa hermenêutica. Como o pão da vida é escasso, o povo é alimentado com cinzas, feno e palha. O mercado esotérico é enorme. Vendem-se tudo: rosa santa, areia santa, sabão santo, perfume santo, óleo santo de Israel, água santa do Jordão, e por aí vai. Fazem-se campanhas com nomes esdrúxulos: campanha do manto, da vassoura, do mel silvestre, dos desmerecidos, dos trezentos filhos da luz, do descarrego, e por aí vai. O incrível é que com toda essa banalização do Evangelho os bandidos da fé conseguem manter a fidelização de seus consumidores cultuais.

O conceito de fé dos ratoneiros da fé não é propriamente crer. É dizer e as coisas acontecerem. É um conceito mágico: “Sua palavra tem poder; há poder em suas palavras”. Esses réprobos vivem na subjetividade: “O Senhor me falou”, “Deus me disse”, “O Senhor me revelou”, “Eu senti no meu espírito”. É notório o abandono da Bíblia como fonte de doutrina e de edificação. A experiência e o subjetivo é o que vale. Eles usam a Bíblia para comprovar suas idéias alienantes e referendar as doutrinas produzidas por suas experiências estapafúrdias. Todas vindas do “Centro de Sabotagem”. Os sonhos desses flibusteiros da fé é ter uma igreja com rol de membros repleto de figurões: artistas, grandes empresários, políticos importantes, esportistas famosos e magistrados.

O tempo dos bandidos da fé está com os seus dias contados. Esse é o nosso consolo! Deus vai destronar os lobos travestidos de cordeiro, os executivos do púlpito travestidos de pastor. O Senhor vai por ao chão aqueles que enganam os humildes com frases engenhosamente enganadoras tais como: “Semana da recuperação dos bens”, “Unção financeira”, “Pobreza é do diabo”, “Você nasceu para a opulência”, “Visualize sua bênção e tome posse”, “Semeie para que não tenha ninguém doente na sua casa”, “Você terá a herança das riquezas dos ímpios”, “Deus te abençoará além dos teus sonhos”, “Quebre a costela da pobreza”, “Semeie com expectativa”, “O que Satanás te roubou Deus te dará sete vezes mais”.

Que o Senhor nos ajude a não andarmos como os atenienses do tempo de Paulo, à cata de novidades!


Fonte: Voltemos às Raízes

sábado, 7 de janeiro de 2012

A pastora, a globo e o evangelho sincretizado.

Por Renato Vargens

Acabei de assistir o vídeo (veja abaixo) onde uma pastora evangélica juntamente com participantes de outras religiões dançavam e cantavam pra GEZUIS. 

Pois é, o que fizeram do Evangelho do Senhor? Ora,  lamentavelmente estão transformando o Evangelho de Cristo em Macumba!

Se não bastasse esse episódio lamentável de domingo, o comportamento de algumas das igrejas chamadas evangélicas, cada vez mais se aproxima dos rituais espíritas. Do jeito que a coisa anda daqui a pouco ouviremos em nossos cultos expressões como “Eparrei Jeová” ou " louvado seja Deus em nome de missifio". Ora, vamos combinar uma coisa? Infelizmente algumas das liturgias evangélicas estão tão miscigenadas que um desavisado qualquer ao entrar em um de seus cultos pode pensar que entrou no centro de macumba. Ouso afirmar que o sistema comportamental e doutrinário do neopentecostalismo brasileiro se deve em parte ao famigerado sincretismo religioso. O que nos leva a entender que mais do que nunca, precisamos em nosso país resgatar os valores da Reforma Protestante, retornando a Bíblia, fazendo dela a nossa única regra de fé.

Isto posto, afirmo categoricamente que em hipótese alguma experiências mágicas esquizofrênicas, como supertições inequívocas e burrificadas devem nortear o comportamento de nossas igrejas, até porque, somos e fomos chamados pelo Senhor a vivermos um cristianismo equilibrado, racional, apaixonante e apaixonado por aquele que por sua infinita graça e misericórdia nos salvou.

Como inúmeras vezes afirmei neste blog, confesso que estou absolutamente perplexo e preocupado com os rumos da igreja evangélica. Chego a conclusão de que mais do que nunca a igreja brasileira precisa URGENTEMENTE de uma nova reforma.

Soli Deo Gloria,

Renato Vargens
    

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Conclusões que cheguei sobre alguns dos evangélicos.


Por Renato Vargens



Os últimos acontecimentos no meio evangélico brasileiro onde o evangelho de Cristo foi relativizado por alguns, me levaram as seguintes conclusões:

Infelizmente alguns dos evangélicos não querem mais as doutrinas da graça, preferem prosperidade a qualquer preço.
Infelizmente alguns dos evangélicos não não querem mais adorar a Deus, querem shows.

Infelizmente alguns dos evangélicos abandonaram as verdades do evangelho, preferem promessas!

Infelizmente  alguns dos evangélicos não querem mais pregar sobre arrependimento, querem vitória a qualquer preço.

Infelizmente alguns dos evangélicos não querem mais viver uma vida de quebrantamento, querem determinar as bênçãos de Deus.
Infelizmente alguns dos evangélicos  não querem mais as Escrituras Sagradas, preferem "o reteté de Jeová".
Infelizmente alguns dos evangélicos não querem mais pregar o evangelho, preferem um cristianismo "cabalistico" cheio de números.
Infelizmentealguns dos evangélicos  não querem mais ser chamados de servos, preferem o titulo de apóstolo.
Infelizmente alguns dos evangélicos não querem mais viver uma vida simples, querem ser apóstolos.
Infelizmente alguns dos evangélicos não querem mais a mensagem libertadora da Cruz de Cristo, querem quebrar maldições hereditárias.
Infelizmente alguns dos evangélicos não querem mais a previdência divina, querem primicias.
Infelizmente alguns dos evangélicos não querem mais a graça, querem vender indulgências.
Infelizmente  alguns dos evangélicos não querem mais servir a Deus como mordomos, querem fazer de Deus o seu gênio da lâmpada mágica.

Dias dificeis os nossos!

“E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” (II Pedro 2 :3)

Pense nisso!

 Postado no Renato Vargens

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Os falsos profetas e os seus falsos ensinos sobre ofertas e primicias.

Por Renato Vargens

Lamentavelmente multiplica-se a olhos vistos a quantidade de falsos profetas que semeiam falsos ensinos na igreja evangélica brasileira.

Uma das ultimas invenções desta corja relaciona-se aos mais distintos tipos de ofertas. Pra variar, os profeteiros de GEZUIZ criaram algumas formas de tirar dinheiro dos incautos, senão vejamos:

1- Primícias (dever ser entregue ao "sacerdote"(pastor) o valor referente a um dia de trabalho do seu salário, Ex.: R$560,00 dividido por 30 = R$18,66 esse é o valor da primícia, é para uso pessoal do "sacerdote";

2- Semeadura (essa é a da barganha, se você deseja um bem material, deverá ofertar proporcionalmente ao tamanho da benção desejada);

3- Gratidão (Você deverá trazer todos o meses um oferta de gratidão pelas bençãos recebidas);

4- Ofertas voluntárias (aquelas que vão nas "salvas" para manutenção do templo);


5- Missões (essa não caresse explicação)

Pois é, com excessão das duas últimas, as outras não passam de invencionices apostólicas.

Infelizmente esses caras não se cansam de fabricar heresias! Confesso que estou chocado e escandalizado com essa história do crente em Jesus ser obrigado a ofertar ao pastor um dia de seu trabalho!

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Deus não é um tipo de bolsa de valores que quanto mais "investimos" mais dinheiro recebemos. Deus não se submete as nossas barganhas nem tampouco àqueles que pensam que podem manipular o sagrado estabelecendo regras de$avergonhada$ de sucesso pessoal.
Isto posto, afirmo que a doutrina das sementes ou primicias ensinadas por essa gente é espúria, sem fundamento bíblico e manipuladora cujo objetivo final é o enriquecimento dos profetas da prosperidade.
Que Deus tenha misericórdia do seu povo e nos guarde de tropeçar.
NEle que é a verdade absoluta,
Renato Vargens.

"E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita."(II Pd 2:3)

Fonte: Renato Vargens          Via: Ministério Beréia