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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O Louvor do Sacolejo

Por Ir. Marcos Pinheiro

Na área do louvor a igreja contemporânea está celebrando sua lua-de-mel com o mundanismo. A igreja atual caiu no extremo de considerar que um louvor em que não há êxtase emocional é um louvor morto, que não tem valor. Desse modo, tem-se perdido o foco deixando de lado o aspecto racional e adotando o subjetivo com toque de “mistério”. A cultura do sacolejo penetrou em muitas igrejas evangélicas. O espaço do altar tornou-se palco de shows. A espiritualidade drogada tomou conta do público. Pessoas experimentam momentos de louvor, como se fosse viagens da droga crack. O louvor é um verdadeiro espetáculo: todos riem, todos gritam, todos pulam, todos saracoteiam, todos dançam, todos batem palmas, todos se sentem bem. O “ministro do louvor do sacolejo” é um showman. A platéia se sente tão bem, que tudo parece ser teatro. O sacrilégio é tão grande que, pasmem, até hinos de futebol são tocados em pleno culto, incentivado pelo ministro showman. Enfim, a igreja está entibiada pelo secularismo. O louvor é feito com sentimentos aguçados que se manifestam com sapateado, ginásticas psicodélicas, giros e gestos sensuais. Corinhos de conteúdo bíblico são esporádicos e, em algumas igrejas, são cantados com muita cautela para não espantar a freguesia. Sim, hoje não há mais membresia, é freguesia mesmo. Já que não há mais absolutos, vale tudo para conseguir “gente” para a igreja. Os templos estão parecidos com as casas de shows, e não me refiro apenas à estrutura física e suas parafernálias, tais como jogo de luzes coloridas e fumaça de gelo seco, mas também a sua ideologia. Nesse contexto, o louvor virou baderna. Predomina as “bailarinas de Jesus”, as “dançarinas de hula hula de Jesus”, enfim, predomina o sacolejo.

A música tem as características de um produto exposto para ser comprado e consumido. No louvor do sacolejo o público precisa ouvir, emocionar-se e sacolejar. Ou seja: sacolejo sim, reflexão não.

Os líderes do louvor do sacolejo ignoram a racionalidade do louvor, por isso são “doutores” em provocar sensações com o objetivo de produzir euforia. É preciso entender que o louvor verdadeiro começa na mente. O louvor que não passa pelo entendimento, não é verdadeiro. Se o louvor está saturado de elementos físicos, tais como apresentações de orquestras hábeis e comoventes, o louvor está comprometido e maculado. O teólogo puritano Richard Cox disse: “Todas as coisas na igreja devem ser puras e simples; devem-se remover o mais longe possível os elementos e pompas deste mundo”. Outro puritano, Stephen Charnock enfatizou: “O louvor é um ato do entendimento”. Portanto, no verdadeiro louvor é a mente que deve estar ativa e ser edificada e, as emoções são ativadas pelo que é reconhecido na mente e não pelo poder da música, do ritmo, da estridência ou movimentos gestuais. John Wesley disse: “Acima de tudo cante espiritualmente e cuide para que seu coração não seja arrebatado pela música”. A música é veículo, é meio. Em si mesma ela não é adoração. A música é método de expressão e o método nunca deve substituir a essência da adoração. John Wycliffe, o precursor da Reforma, criticou severamente o uso de sons que incitavam a dançar ou estimulavam os sentimentos no louvor. Agostinho, um dos pais da igreja, disse: “Logo que a música me proporciona mais deleite do que as próprias palavras, confesso prontamente que cometi um pecado grave”.

O problema dos ministros do louvor do sacolejo é que eles perderam a noção da função do cântico. Esquecem esses ministros sacolejadores que o cântico desempenha o papel de ensinar, aconselhar, corrigir e admoestar. O cântico deve instruir na boa doutrina. Mas, esses ministros e grande parte dos compositores contemporâneos compõem cânticos que ferem a riqueza e a profundidade das Escrituras. Sentem-se felizes em sacrificar a doutrina pela diversão.

Os cânticos cristãos devem ensinar uma teologia sólida, uma fé explícita e uma doutrina correta. Calvino disse: “O louvor é o cântico da Palavra”. Em carta escrita a Spalatinus, secretário de Frederick I, Lutero escreveu: “Nosso plano é seguir o exemplo dos profetas e os pais antigos da igreja e compor salmos de forma que a Palavra de Deus possa estar presente entre as pessoas em forma de cânticos”. Cânticos que simplesmente mencionam uma verdade, mas não desenvolve essa verdade são considerados omissos em conteúdo doutrinário. Um cântico que repete do começo ao fim que Jesus é Senhor, mas não acrescenta mais nada, não é um cântico contado entre aqueles com conteúdo teológico. Um cântico que repete várias vezes a frase “Eu te exalto Senhor” e não diz mais nada, é falho do ponto de vista teológico. Jesus é digno de exaltação, mas por que o exaltamos? Que alerta é dado concernente à dignidade do Senhor? Portanto, o cântico é manco e deixa a desejar. Um cântico que repete “Bendize ao Senhor, ó minha alma, pois ele tem feito grandes coisas” e em seguida diz uma porção de outras frases curtas sem expressar porque devemos bendizer ao Senhor, é um cântico teologicamente falho. O que são essas grandes coisas? O salmo 103 diz “Bendize ao Senhor, ó minha alma”, mas os vinte e um versículos seguintes dizem por que nossas almas devem bendizer ao Senhor. É necessário entender que a gratidão bíblica deve ter sua base em fatos objetivos e doutrinários. Se não for assim, é mero sentimentalismo.

Outra idéia errônea dos líderes sacolejadores do louvor é achar que os instrumentos são indispensáveis na adoração. Para eles, sem instrumentos não há adoração. A verdade é que os instrumentos não enriquecem o louvor, apenas disciplina, gerencia o canto da congregação. Em termos espirituais os instrumentos não contribuem em nada. Portanto, o verdadeiro louvor pode acontecer com ou sem instrumentos. Charles Spurgeon não possuía nem um órgão em sua igreja, porque ele via como algumas das maiores igrejas haviam descido ladeira abaixo se desviando dos princípios bíblicos concernente ao louvor por causa de seus magníficos instrumentos, da pompa, do esplendor estético, da performance artística e da excepcional habilidade de seus organistas. A beleza e as habilidades musicais, em si mesmas, não são atos de louvor. Precisamos de um avivamento na área do louvor. Mas, avivamento não é descer à rua em marcha com sensacionalismo, euforia e gritaria. Avivamento não é ir ao shopping apresenta-se em cantata. Mas, é subir ao calvário com grande choro!


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Caçador de demônios




Com muitos animais ameaçados de extinção, eis que surge uma nova modalidade de caça!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

As Sementes de Mike Murdock

Por Renato Vargens

Encontrar um bom pregador cuja teologia seja saudável é quase uma missão hercúlea. Confesso que estou cansado de ouvir pregações vazias, superficiais, materialistas, humanistas e triunfalistas, de gente que contraria totalmente o ensino bíblico.

Infelizmente o que mais se ouve em nossos púlpitos é "Você vai obter vitória", "Você é um vencedor", "tome posse da bênção", "Use a palavra para trazer à existência as coisas que não existem" e muito mais. Pois é, toda essa parafernália é oriunda das leis de visualização e reprogramação mental que vêm das filosofias e religiões orientais, carregadas também de aspectos inerentes ao Gnosticismo, heresia grega que exalta o conhecimento para a libertação do Homem.


O pastor Mike Murdock é um daqueles que fundamentado na confissão positiva tem ensinado valores absolutamente antagônicos as doutrinas bíblicas. Segundo o teólogo da prosperidade, "dinheiro atrai dinheiro", isto é, quando o crente OFERTA a Deus, (independente da motivação) automaticamente atrai o favor do Senhor lhe trazendo mais dinheiro. Murdock ensina que devemos plantar dinheiro para colher mais dinheiro, como se fosse uma lei de semeadura financeria, que ele chama de "lei da semente".


Mike Murdock tem a cara de pau de ensinar a existência de aproximadamente seis níveis de semeadura. Segundo o profeteiro um destes é a semente de mil”. Murdock dá uma significado a certas quantias da semente:
“tem havido cinco níveis de colheitas incomuns em minha vida $58, $100, $200, $1000 e $8500. Uma semente de mil dólares quebrou a pobreza em minha vida. Ninguém pode semear estes mil dólares para você." Em outras palavras isso significa “eu quebrei a pobreza com uma semente de mil dólares” façar o mesmo, envie sua oferta que a pobreza será quebrada.

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Deus não é um tipo de bolsa de valores que quanto mais "investimos" mais dinheiro recebemos. Deus não se submete as nossas barganhas nem tampouco àqueles que pensam que podem manipular o sagrado estabelecendo regras
de$avergonhada$ de sucesso pessoal.

Isto posto, afirmo que a doutrina da semente ensinada por Murdock é espúria, sem fundamento bíblico e manipuladora cujo objetivo final é o enriquecimento dos profetas da prosperidade.


"E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita."(II Pd 2:3)

Pense nisso! 


Fonte: Renato Vargens 

Executivos do Púlpito

Por Ir. Marcos Pinheiro


O colapso da igreja evangélica pode ser atribuído a uma série de fatores. Porém, ultimamente a igreja tem sido veementemente bombardeada pelo secularismo. Muitos pastores estão convertendo o sistema estrutural da igreja em uma entidade baseada mais nos princípios do mundo empresarial do que nas instruções da Palavra de Deus. Como conseqüência, a igreja passa a operar como empresa e o pastor emula a personalidade de um executivo. A estratégia é adotar o sistema gerencial da modernidade, ou seja, definir metas e objetivos, fazendo-os compreensíveis para cada membro da igreja. O pastor passa, então, a ser julgado como um homem de negócios, um executivo, e não pela sua capacidade de pregar, ensinar e aconselhar. O importante é a sua capacidade de fazer a igreja funcionar eficientemente em termos de arrecadação. Um executivo do púlpito disse: “Pense na igreja como uma agência de serviço, uma entidade que existe para satisfazer as necessidades das pessoas”. Vender Jesus é uma arte do executivo-pastor. Na igreja do executivo-pastor o evangelismo nem de longe é focado em Deus, mas antes, nos consumidores. Em suas mensagens, o executivo pastor, usa ditados populares, gírias e emprega incorretamente as ferramentas da exegese e da hermenêutica. Eles são numéricos e quantitativos, por isso o estilo humorístico prevalece para prender a platéia. Portanto, não há diferença entre suas igrejas e qualquer negócio em que se usa telemarketing. Os executivos-pastores são marqueteiros ardilosos cuja estratégia principal é tentar persuadir as ovelhas que têm os mesmos interesses que eles. São ostentadores de títulos e com altivez se adentram na igreja com sua pasta de executivo exibindo seus anéis nos dedos. E a Bíblia? Está dentro da pasta. Geralmente têm uma poupança gorda, carro do último tipo, jatinhos, além de residirem em mansões. Uma característica dos executivos do púlpito é que à semelhança de Arão, eles subjetivam a Palavra de Deus e dizem: “Amanhã, será a festa ao Senhor”, porém os elementos da festa são padronizados pelos livros seculares de marketing. Em muitos seminários os seminaristas estão sendo treinados muito mais em habilidades publicitárias, negócios e marketing do que em teologia e aulas de aconselhamento pastoral. Todos esses futuros pastores serão gerentes de um negócio “espiritual” e transformarão suas igrejas em empresas com tintura religiosa. Em suma: esses seminários são verdadeiras fábricas de lobinhos. No mundo empresarial constatamos que muitas lanchonetes inicialmente vendiam somente sanduíches, depois passaram a oferecer café da manhã, e depois almoço. A implicação disso consiste na visão de que é imbuído o executivo do púlpito, ou seja, a exemplo das lanchonetes, a igreja deve descobrir o que as pessoas querem e oferecer-lhe isso sem considerar os aspectos doutrinários.

O princípio norteador dos executivos do púlpito é extremamente humanista, pois procuram mensurar o intangível e o sobrenatural. Usam uma escala de receptividade onde os incrédulos são classificados como altamente resistentes ao evangelho, indiferentes ao evangelho e altamente receptivos ao evangelho. Segundo os executivos-pastores, a construção e a quantificação dessa escala servem como base para a evangelização e possibilita melhor utilizar os obreiros e maximizar a distribuição de recursos da igreja. A construção de escala bem como a sua quantificação é usada por empresas no lançamento de novos produtos. Materializar a obra do Espírito Santo é ultrajar a soberania de Deus. Subordinar as ações soberanas do Espírito Santo às equações e escalas da engenharia da qualidade total é fazer da igreja uma empresa, é colocar Deus na periferia. Não é o mapeamento da receptividade ao evangelho, nem a aplicação específica de qualquer técnica ou metodologia empresarial, nem o estabelecimento de alvos numéricos que fazem a igreja ser igreja. O que faz a igreja ser igreja é ela viver na presença dEle, depender da graça dEle e obedecer a Sua Palavra. Dentro da vontade prescritiva de Deus, isto é, seus mandamentos, seus ensinamentos, suas diretrizes, seus aconselhamentos e suas admoestações, a igreja tem a responsabilidade e o deve de planejar suas ações, mas não de arbitrar as metas e resultados numéricos que só a Deus pertence. A igreja não é empresa para aferir a validade de suas ações. O profeta Isaías foi mandado a pregar, já com a certeza da rejeição e da ausência de resultados (Is 6:9-11).

É preciso entender que a igreja constitui-se de pessoas que provaram a graça de Deus na pessoa de Jesus Cristo identificando-se com Ele na Sua morte e ressurreição. A igreja não depende do modelo empresarial para sobreviver, pois ela vive e sobrevive por ser o corpo de Cristo na terra. A igreja é sobrenatural, nasceu no coração de Deus (Ef 1:4) e está edificada sobre o Senhor Jesus. A igreja que não é empresa fica com a Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia!

A verdade é que o executivo-pastor trouxe o modelo empresarial para dentro da igreja e minimizou a função do Espírito Santo. Precisamos de novos Luteros, novos Calvinos e novos Zuínglios que toquem a trombeta e coloquem abaixo as igrejas travestidas de empresas. Precisamos não de ajuntamento social, mas de comunhão orgânica dos santos. Precisamos de uma fé bíblica e não de uma fé comercial. Precisamos ruminar a Bíblia Sagrada e não os livros de “Relacionamentos e Vendas”. Precisamos de homens que dobrem os joelhos não diante do cogumelo empresarial, mas diante da videira verdadeira. Precisamos de pastores que sejam provedores espirituais do rebanho e não de pastores materialmente bem providos pelos fiéis. Precisamos não de executivo-pastor, mas de pastor-pastor.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Ele Viu, Veio e Venceu

Por: Norbert Lieth


Os que vieram antes de Jesus podiam apenas dizer como uma pessoa deveria ser. Jesus, porém, mostrou isso em Seu próprio corpo. Ele não apenas indicou o ideal, como os outros fizeram, mas Ele próprio foi o ideal e o viveu diante de nossos olhos. (O. Hallesby, em “Como Me Tornei Cristão")


Ele viu

Nas primeiras páginas da Bíblia lemos que Deus, depois de criar tudo, olhou para a criação e concluiu: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia” (Gn 1.31). O homem, nesse momento, vivia em perfeita harmonia com o seu Criador e com a criação. Mas então o pecado se interpôs, o ser humano perdeu a comunhão com Deus e a criação inteira foi afetada pela queda. A maldade começou a se alastrar: “viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração” (Gn 6.5). Deus enviou o dilúvio e salvou unicamente a Noé e sua família. Mas o pecado sobreviveu dentro da arca, e não demorou muito para que os homens se rebelassem novamente contra Deus. Construíram a torre de Babel, e Deus teve de intervir para acabar com o orgulho ilimitado da humanidade. Assim, os homens foram dispersos por todo o globo terrestre e Deus confundiu sua linguagem. Mais tarde, Deus escolheu Abraão, e depois dele seu filho Isaque e seu neto Jacó. Deus o fez por uma razão bem específica: queria enviar um Salvador, vindo da descendência de Abraão, para resgatar a humanidade da miséria de seu pecado. Para tanto, Deus deu a Abraão a promessa de que através dele e de sua descendência toda a humanidade seria abençoada: “...em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa foi uma clara indicação da vinda de Jesus para salvar o mundo, pois Ele veio da linhagem de Abraão através de Isaque e Jacó, que é Israel. Pensando nesse fato, Jesus disse que “a salvação vem dos judeus” (Jo 4.22). Cristo estava querendo dizer que a salvação para o mundo vem dos judeus porque Ele, como homem, descendia do povo judeu e trouxe a salvação ao mundo inteiro.


Quando Abraão se dispôs a sacrificar seu filho, Deus interferiu e não permitiu que o menino fosse morto. Mas no lugar do sacrifício de Isaque o próprio Deus, um dia, nos concederia um sacrifício de Si próprio trazendo a salvação para o mundo todo. Por esse motivo Abraão declarou profeticamente em relação a esse fato tão significativo no Plano de Salvação: “E pôs Abraão por nome àquele lugar – O Senhor Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do Senhor se proverá” (Gn 22.14). Com grande probabilidade, esse lugar onde Abraão queria sacrificar seu filho Isaque fica na cadeia montanhosa de Moriá, no monte Gólgota, onde Jesus Cristo morreu pelos pecados do mundo aproximadamente 2.000 anos depois. Deus havia eleito esse lugar, e lá Jesus quis se sacrificar por nós.


Ele veio

O amor de Deus pelos homens foi maior do que a rejeição destes a Deus. Jesus veio à terra não para reinar como Rei, mas como servo, para nos salvar. Ele nasceu como bebê indefeso em condições de pobreza. Tornou-se servo por sofrer pessoalmente muito mais do que qualquer outra pessoa. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

O que significou o Natal para Deus? Em primeiro lugar, Deus separou-se de Seu Filho. O que essa separação deve ter representado para Ele? Jesus abriu mão de Sua glória no céu, que era um inimaginável reino de luz, pureza e beleza e onde incontáveis multidões de anjos O serviam, para vir à terra, dominada pelo pecado, pela impureza e pelo poder das trevas. Ele, que é a própria vida e que existe desde a eternidade, veio a um mundo onde reina a morte. Ninguém consegue imaginar e compreender esse contraste. Jesus não veio como rei, mesmo sendo Rei. Ele veio como bebê, dependendo dos outros para Seus cuidados. Como criança, já começou a ser perseguido e teve de fugir. Jesus não cresceu na riqueza, pois tinha de trabalhar pelo Seu sustento. Muitas vezes não foi compreendido pela Sua família e pelos Seus amigos. Os religiosos de Israel O rejeitavam e perseguiam. Foi chamado de comilão e bebedor de vinho e, no final da Sua vida, foi traído e negado. Seus melhores amigos O abandonaram.

Cristo foi condenado como malfeitor e humilhado, mesmo tendo feito apenas o bem em toda a Sua vida. Mas a maior dor de Jesus foi ter sido abandonado pelo Pai quando estava dependurado na cruz, porque se fez pecado por nós. Jesus veio ao mundo com o propósito de morrer em nosso lugar, para que pudéssemos viver. Jesus veio para que nós pudéssemos chegar ao Pai.

Ele venceu


Jesus não veio apenas para morrer. Ele veio para vencer. Através de Sua morte e ressurreição Ele venceu o pecado, a morte e o Diabo. Não existe destino que Ele não tenha derrotado, nem desesperança ou medo, escuridão ou perdição que Ele não tenha sobrepujado triunfalmente. “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.55-57). Esse é o sentido do Natal! Sem Sua morte e ressurreição não haveria festa de Natal. Por Jesus ser Deus, Ele não podia permanecer morto. O Pai O ressuscitou, Jesus retornou para a glória do Pai e voltará como Soberano sobre todo o mundo.

O Natal é para você apenas uma festa sentimental, com velas, música e presentes? Será que o Natal não significa mais do que um bebê que não sai da manjedoura a vida toda? Está na hora de oferecer um presente a Jesus, um presente que Ele merece há muito tempo: você mesmo! Entregue sua vida a Ele! 

Fonte: Chamada


domingo, 4 de dezembro de 2011

Entrevista com Pr. Augustus Nicodemus Lopes


Para o professor Augustus Nicodemus Lopes, a crise do movimento evangélico brasileiro está ligada ao liberalismo e à flexibilização dos conteúdos das Escrituras.


“Não me acho xiita”, vai logo dizendo o professor, pastor e pesquisador presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes em seu mais novo livro, O que estão fazendo com a Igreja (Mundo Cristão). “Mas muitos me chamam de fundamentalista”, acrescenta. “Não fico envergonhado quando me rotulam dessa forma, embora prefira o termo calvinista ou reformado”, explica. A quantidade de adjetivos expressa bem o universo desse intelectual protestante, nascido na Paraíba e que fez carreira no segmento acadêmico religioso. Graduado em teologia, mestre em Novo Testamento e doutor em Interpretação Bíblica – este último título, pelo Instituto Teológico de Westminster (EUA) -, Nicodemus já dirigiu diversos seminários ligados à sua denominação e hoje exerce o cargo de chanceler da respeitada Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Na mesma cidade, pastoreia a Igreja Presbiteriana de Santo Amaro.
O conjunto de sua obra já dá uma idéia de suas posições teológicas. Título como O que você precisa saber sobre batalha espiritual, Fé cristã e misticismo e Ordenação de mulheres: O que diz o Novo Testamento, todos publicados pela Cultura Cristã, entre diversos outros livros, são baseados na mesma teologia conservadora que ele não apenas abraça como defende com unhas e dentes, O que não impede, é claro, que esteja aberto a outros pensamentos. “Desde que sejam comprometidos com as Escrituras”, ressalva. Nesta conversa com CRISTIANISMO HOJE, Augustus Nicodemus fala do livro recém-lançado na Bienal de São Paulo e avalia a situação da Igreja Evangélica hoje. “Infelizmente, estão fazendo muita coisa ruim com ela”, aponta.

CRISTIANISMO HOJE — É inevitável começar esta entrevista com a pergunta que dá título ao seu livro o que estão fazendo com a Igreja?
AUGUSTUS NICODEMUS LOPES – Infelizmente, muita coisa ruim — desde desfigurá-la, passando uma imagem ao público de que todos os evangélicos e seus pastores são mercenários que vivem para fazer barganhas com Deus em troca de bênçãos, até destruí-la internamente, trocando o Evangelho de Cristo por um outro evangelho. Um evangelho despido de poder, realidade histórica e eficácia salvadora, que é ensinado pelos liberais. Aqui entram também os hiperconservadores, às vezes chamados de neopuritanos, com sua visão radical de culto.

CH – Quais os efeitos da pós-modernidade sobre a Igreja?
AUGUSTUS – A pós-modernidade facilitou e aumentou a influência do liberalismo, do relativismo e do pragmatismo na Igreja brasileira, ainda que esses movimentos e tendências sejam tão antigos quanto a própria Igreja. A presente época, marcada pela pós-modernidade, facilita a penetração desses elementos na vida, liturgia e missão das igrejas evangélicas, como de fato temos presenciado. E por outro lado, existem líderes evangélicos que conscientemente constroem ministérios, igrejas e movimentos que se apóiam em métodos e ideologias liberais, relativistas e pragmáticas. O que essas coisas têm em comum é que sempre representam uma tentação para corromper o Evangelho bíblico, quer pelo apelo à soberba humana, quer por um tipo de Cristianismo descompromissado, ou ainda pela oferta enganosa de resultados extraordinários em curto espaço de tempo.

CH – A crise de ortodoxia do Evangelho contemporâneo, bem como o pós-denominacionalismo, é resultado direto deste processo?
AUGUSTUS – Sem dúvida. O relativismo representa uma ameaça concreta à Igreja, pois a mesma se firma sobre verdades universais e imutáveis, como a existência do Deus Trino; a humanidade e divindade de Jesus Cristo; sua morte vicária e sua ressurreição real e física de entre os mortos; a salvação pela fé sem as obras da lei; e a segunda vinda de Cristo. A Igreja defende também uma ética centralizada no amor que, segundo Jesus e seus apóstolos, consiste em obedecer a Deus e aos seus mandamentos. Todavia, o relativismo rejeita o conceito de verdades absolutas e internaliza a verdade no indivíduo.

CH – E qual o efeito prático disso?
AUGUSTUS – O questionamento à autoridade da Bíblia, ao caráter único do Cristianismo e ao comportamento ético pregado historicamente pelos cristãos. Mas, num certo sentido, o relativismo pode representar uma oportunidade para o Cristianismo em ambientes pós-cristãos, onde a fé cristã já foi excluída a priori. Por exemplo, no ambiente das universidades, o discurso é geralmente anticristão, relativista, pluralista e inclusivista. Os cristãos podem, em nome da variedade e da pluralidade, pedir licença para falar, já que, de acordo com a pós-modernidade, todos os discursos são iguais e válidos – e nenhum é melhor do que o outro.

CH – O movimento evangélico brasileiro, tio numeroso e multifacetado, está perto de seu fim?
AUGUSTUS – Não creio que o movimento evangélico brasileiro chegue a um fim, mas temo que esse processo de desfiguramento e de enfraquecimento teológico e doutrinário, levado a cabo por liberais, neopentecostais, libertinos e neopuritanos, acabe transformando a Igreja brasileira em algo distinto da Igreja bíblica. Por outro lado, como sempre existiram os sete mil que nunca dobraram os joelhos a Baal, é provável que, paralelamente, aconteça o fortalecimento de denominações, ministérios e grupos evangélicos que prezam a Bíblia — gente que valoriza as práticas devocionais como oração, meditação e santidade bíblica e que tem visão evangelística e missionária. Já no momento atual é possível identificar esse crescimento, embora em dimensões menores do que gostaríamos. Quanto ao perfil dessa nova Igreja, fica difícil prever.

CH – O movimento evangélico brasileiro é tão diversificado quanto às milhares de denominações que o compõem. No atual panorama, identificado no seu livro, esta diversidade traz mais vantagens ou desvantagens?
AUGUSTUS – Acredito que a diversidade é sadia e bíblica. Entendo, porém, que existe uma unidade essencial e básica entre os verdadeiros cristãos, que pode ser resumida nos fundamentos da fé bíblica. Os verdadeiros evangélicos confessam estes fundamentos, e vamos encontrá-los em todas as denominações que compõem a Igreja Evangélica brasileira. Mas vamos encontrar também quem não crê em nenhuma dessas coisas, ou que nutrem reservas quanto a elas. Eu não tenho problemas com a diversidade, pois acho-a enriquecedora. Tenho divergências inclusive com irmãos e colegas que são reformados calvinistas como eu. Todavia, existe uma unidade essencial mais forte e superior às divergências. Teologia tem um poder tremendo para unir as pessoas ou para separá-las, pois tem a ver com convicções e experiências pessoais.

CH – A partir dos anos 1980, o advento da teologia da prosperidade e da confissão positiva mudou a maneira de se pensar a fé evangélica no país. Qual a verdadeira influência destas correntes na crise do movimento evangélico nacional?
AUGUSTUS – A confissão positiva acabou exercendo uma grande influência sobre os evangélicos brasileiros. Em minha opinião, todavia, ela não é a maior influência negativa. Considero a teologia da prosperidade, a busca de experiências místicas, as crendices e superstições que infestam os arraiais neopentecostais como sendo de maior periculosidade para a Igreja. Quanto ao segmento reformado, por sua própria natureza, ele é mais resistente a essas infecções e pouca influência recebeu — mas tem, entretanto, sofrido mais com outros tipos de problemas, especialmente com sua incapacidade, até o momento, de crescer de forma significativa sem perder o compromisso com a fé histórica da Igreja.

CH – Por que lideranças autocráticas e monolíticas, cada vez mais comuns nas igrejas, são aceitas pelos fiéis?
AUGUSTUS – Em minha opinião, é o que chamo em meu livro de “a alma católica dos evangélicos brasileiros”. Os brasileiros estão acostumados com o catolicismo romano e sua hierarquia eclesiástica totalitária. Por séculos, o romanismo impregnou a alma brasileira com a idéia de que a religião deve ser conduzida por líderes acima do povo, que vivem numa esfera superior; enfim, intocáveis. No romanismo, os líderes não são eleitos pelo povo, como acontece na maioria das igrejas históricas, cujo sistema de governo é democrático — eles são impostos determinados, designados. Além disso, são considerados como especiais e distintos; é o clero separado dos leigos. As ordens eclesiásticas são um dos sacramentos da Igreja Católica. E os brasileiros viveram sua vida toda debaixo da influência de uma religião regida por bispos e por um papa, o qual, segundo um dogma católico, é infalível. Nada mais natural, portanto, que ao se tornarem evangélicos, suspirem e desejem o mesmo esquema de liderança, como os israelitas que disseram a Samuel que constituísse um rei sobre eles, para que os governasse como o tinham as outras nações à sua volta, conforme 1 Samuel 8.5. Essa mentalidade romana favorece o surgimento, entre os evangélicos, de líderes autocráticos e autodesignados, que se arrogam o título e o status de bispos ou apóstolos.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Donnie Swaggart - A Teologia da Prosperidade

 

"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." 
1Coríntios 15:19

Postado por  Edgard

sábado, 26 de novembro de 2011

+ Que Vencedores

Por Vinícius Musselman Pimentel e Yago Martins

Em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.  (Romanos 8:37)


Você não se sente encorajado ao ler estas palavras de vitória? Provavelmente, não existe texto bíblico melhor para falar disto do que Romanos 8. Vamos ver um pouco do que Paulo fala. Ele primeiro pergunta: “Quem nos separará do amor de Cristo?” e até dá algumas possíveis respostas: “Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” (v. 35). Ele chega a declarar que os crentes, por amor a Jesus, enfrentam “a morte todos os dias”, sendo “considerados como ovelhas destinadas ao matadouro” (v. 36). Depois destas fortes declarações sobre sofrimento, Paulo vem com a bombástica declaração: “em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou [Jesus]” (v. 37). Por meio de Jesus, somos mais que vencedores “em todas estas coisas”. Preste atenção! Em todas estas coisas e não “por cima dessas coisas”. Ou seja, Paulo está falando que em Cristo Jesus somos mais que vencedores mesmo passando por tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, ou morte por espada.


“Calma aí? Como assim? Pensei que ser mais que vencedor era ter uma fé tão forte ao ponto de não passar fome, mas ter a abundância do Senhor; não ter angústia, mas viver uma vida confortável. Como assim Paulo? Isso parece mais derrota. Como somos vitoriosos em meio a tanta aparente derrota?”


Paulo declara que isso é “por que… nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (v. 38,39). Nossa vitória está no fato de o sofrimento de todos os dias não serem capazes de nos separar de Cristo, e não por estarmos isentos de aflições. Pelo contrário, Paulo nos diz que por amor a Jesus enfrentamos a morte diariamente.


“Mas… mas… Eu tenho ouvido pregações sobre vitória, cantado músicas que falam de sucesso e lido livros sobre ser um campeão que não vive uma vida sofrida. Me disseram que se eu tivesse fé suficiente eu seria rico e nunca ficaria doente. Eu sei, eu não sou rico e fico doente, mas isso é porque eu não tenho uma fé tão forte como a do profeta.”


Bom, eu acho que você vai concordar comigo que Paulo provavelmente era um homem de fé. Se você ler 2 Coríntios 11 o verá contando sobre sua vida e os sofrimentos que passou. Ele diz que levou varadas e pedradas, passou por três naufrágios, passou fome e sede e muitas vezes sentiu frio e estava nu. Será que Paulo se esqueceu de declarar que ele era mais que vencedor? Será que ele não teve fé para profetizar riquezas? Será que ele não seguiu algum princípio bíblico para uma vida plena? É óbvio que o problema não era em Paulo.


“Tudo bem. Mas Paulo era um apóstolo. Eu não preciso sofrer por Cristo, preciso?”


Lembra que Paulo disse: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias”. Será que você ama a Jesus ao ponto de considerar Ele como seu Tesouro mais preciso e abandonar tudo por Ele? Será que você valoriza Cristo como mais precioso que saúde e riquezas? O autor de Hebreus nos faz o seguinte convite: “Saiamos até ele, fora do acampamento [do conforto], suportando a desonra que ele suportou”.


Você está pronto, a por amor a Jesus, enfrentar a morte todos os dias, desprezando as riquezas deste mundo? Ou você vai, por amor ao dinheiro, usar Jesus como seu cheque em branco?


Quero convidá-lo a ser verdadeiramente mais que vencedor em Cristo Jesus, passando por todo tipo de sofrimento por amor a Ele, sabendo que nada jamais irá separá-lo do seu verdadeiro Tesouro: Jesus.

Publicado no Voltemos ao Evangelho

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cafetões da Prosperidade

Por Ir. Marcos Pinheiro

Durante séculos a igreja pregou a renúncia e denunciou a cobiça como pecado. A pregação evangélica enfatizava que os crentes não deveriam se apegar às coisas materiais. Hoje, ter um encontro com Jesus constitui quase que ganhar na loteria. A pregação escatológica sobre a vinda de Jesus, a pregação sobre renúncia, negação de si mesmo, tomar a cruz, caminho estreito, submissão ao Espírito Santo e obediência perderam terreno. A maldita teologia da prosperidade apregoa que Jesus veio ao mundo pregar o Evangelho aos pobres justamente para que eles deixassem de ser pobres. Os cafetões da prosperidade têm ensinado que todos os crentes devem ser ricos financeiramente, ter o melhor salário, a melhor casa e o melhor carro. Se o crente não vive assim, é porque não tem fé, ou está em pecado, ou debaixo de alguma maldição. A ênfase é adquirir riquezas a qualquer custo. A ênfase é no sucesso, é chegar ao topo, é ser diamante aqui na terra. O grande mal dessa teologia da prosperidade é que Deus é visto como uma espécie de investimento, ou seja, o crente doa recursos financeiros na certeza de que Deus está obrigado a lhe dar uma resposta através de muito dinheiro. Existe nessa teologia uma nítida relação de troca. Aliás, para os cafetões da prosperidade toda e qualquer passagem bíblica serve como pretexto para estabelecer a relação de troca com Deus. A idéia de que Deus prometeu deixar ricos todos os crentes é uma falácia, é um engano. Aliás, Deus advertiu contra isto: “Os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (I Tm 6:9). Os cafetões da prosperidade postulam: “Se Deus é rei, então, seus filhos devem ter o que de melhor existe no mundo”. O resultado desse postulado maligno leva as pessoas a terem uma lista de ordens para Deus, chegando a decretar, determinar e exigir que o Senhor faça uma série de coisas. Aqui cabe uma pergunta: Quem somos nós para decretar, determinar, exigir alguma coisa de Deus? Imagine um servo que, ao invés de fazer o serviço, está dando ordens para o dono da casa. Isso seria um atrevimento. Podemos e devemos apresentar nossos pedidos diante do Senhor, mas nunca ordens, determinações. Nossa posição perante o Senhor é de servo submisso que não apresenta exigências, mas que busca viver conforme a Sua vontade. Servos não exigem, submetem-se. Os cafetões da prosperidade transformam Deus em nosso fantoche, um Deus que age de acordo com os nossos comandos e vontades. É preciso entender que Deus é Soberano e não podemos rebaixá-lo ao nível humano. A verdadeira prosperidade não consiste em conseguirmos tudo o que queremos, mas consiste em estarmos onde Deus quer que estejamos. Se o Evangelho for garantia de riqueza como apregoam os cafetões da prosperidade, então, Jesus não conheceu esse Evangelho, pois em Mateus 8:20 diz que Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Quando José e Maria foram ao templo apresentar Jesus no oitavo dia, levaram consigo a oferta do pobre “E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2:24). Em Levítico 12: 8 diz “Mas, se as suas posses não lhe permitirem trazer um cordeiro, tomarás então duas rolas ou dois pombinhos”. Para os cafetões da prosperidade a situação financeira de José e Maria indica que o casal estava sob algum tipo de maldição, pois não tinham condições de ofertar um cordeiro. Paulo, também não conheceu esse Evangelho dos cafetões, pois viveu sem riquezas, “Até a presente hora sofremos fome e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas e não temos pousada certa” (I Co 4:11), “Como pobre mas enriquecendo a muitos” ( 2 Co 6:10). Para os cafetões da prosperidade, Paulo era um homem sem fé ou estava em pecado ou sob alguma maldição. Durante o período de perseguição o apóstolo João foi banido para a ilha de Patmos. A única população que existia naquela ilha era alguns prisioneiros exilados e condenados a viver lá até o fim de seus dias. João foi mandado para morrer na ilha de Patmos como os prisioneiros que estavam lá. Quantas noites de frio, João teve que enfrentar sem nenhum cobertor? Quantas vezes, João acordava, tremendo de frio, nas madrugadas geladas, devido às tempestades do mediterrâneo? Que tipo de comida João teve para se alimentar? Banido naquela ilha, isolado, longe da civilização, João não tinha dinheiro, nem conforto, nem igreja, nem pousada digna. Na visão dos cafetões da prosperidade, João era um derrotado e estava sob alguma maldição. Mas foi naquela situação aparentemente de fracasso que João foi arrebatado em espírito e recebeu as maravilhosas revelações do tempo do fim. A verdade é que os cafetões são criadores de expectativas ilusórias para o povo. Eles têm transferido o céu para a terra, dando ao céu um sentido materialista, visível, hedonista e egocêntrico. Manipulam as pessoas para que acreditem que para serem “valentes de Deus da última hora” têm de forçosamente mexer nas carteiras. Os cafetões da prosperidade seguem o exemplo e o legado de Geazi. Após Naamã ter recebido a cura de sua lepra queria ofertar o profeta Eliseu. O profeta, porém, achou injusto tirar proveito daquilo que Deus fez através dele e, recusou a oferta de Naamã. Geazi, servo de Eliseu, tinha um coração cobiçoso e, por isso, intentou desvirtuar o ato gracioso de Deus visando proveito próprio. Ao ver Eliseu recusar os presentes e o dinheiro de Naamã, Geazi foi atrás da caravana de Naamã para tomar para si aquilo que alimentaria seu espírito mercenário. Geazi deu início àquilo que ainda nos dias de hoje encontra ressonância: o assalto aos bolsos alheios através dos púlpitos. Há diferenças gritantes entre o verdadeiro pastor e o cafetão da prosperidade: o verdadeiro pastor busca o bem das ovelhas, o cafetão busca os bens das ovelhas, o verdadeiro pastor dirige igreja, o cafetão dirige igreja-empresa, o verdadeiro pastor vive à sombra da cruz, o cafetão vive à sombra dos holofotes. Os cafetões da prosperidade têm transformado a casa do Senhor em covil de iniqüidade, têm corrompido a igreja com doutrinas abomináveis, mas os seus dias estão contados. Nesta última hora, Deus vai purificar a sua igreja, vai queimar a palha sem valor em sua casa. O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra e mostrará sua força contra seus inimigos. Nesse tempo do fim, o Senhor vai levar à falência todo mau trabalhador que tem usurpado os púlpitos. O Senhor vai acabar com todo ministério que for da carne, da autopromoção e da cobiça. Os dias de fingimento estão chegando ao fim, Deus vai destronar os cobiçosos, os cafetões da prosperidade. O Senhor vai acabar com o “Evangelho” das guloseimas. Todos conhecem a parábola das dez virgens. Cinco delas foram barradas da festa matrimonial porque tinham saído para comprar óleo quando o noivo chegou. O noivo não lhes perguntou aonde elas tinham estado; não as repreendeu por terem deixado faltar o azeite; não lhes disse que tinham chegado tarde demais. O noivo simplesmente disse-lhes: “Não vos conheço”. Este é o âmago da parábola. Em outras palavras Jesus, o noivo, estava dizendo-lhes: “Vocês nunca me levaram a sério; Vocês banalizaram a minha salvação; Vocês incentivaram o meu povo a avareza; Vocês conduziram a igreja a fazer barganha comigo”. Essas serão as palavras que os cafetões da prosperidade ouvirão do Grande Eu Sou!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Neopentecostalismo: Um Desserviço ao Evangelho!

Por Ir. Marcos Pinheiro



Diversos movimentos pentecostais têm surgido ao longo dos anos. Portanto, é preciso saber distinguir o verdadeiro do falso pentecostalismo. O conhecido movimento denominado neopentecostal surgiu nos meados do século XX. O neopentecostalismo se propôs a dinamizar as práticas litúrgicas, a cristologia, a eclesiologia e a prática hermenêutica. No que diz respeito à prática litúrgica, o neopentecostalismo apresenta um problema dos mais graves. Em seus cultos, as campanhas de cura, prosperidade material, saúde e revelação têm proeminência. A preocupação maior não é a glória de Deus, mas as necessidades humanas focadas por uma ótica hedonista.
O slogan das igrejas neopentecostais é: “Você nasceu para vencer”. É uma frase elegante e até estimula nossa vida diária, mas está teologicamente errada. Nós não nascemos para vencer. Nascemos para servir e glorificar a Deus. Nascemos para viver com Deus e para Deus. O alvo da nossa vida como servos do Senhor, deve ser Deus e não nós mesmos, e não nossos projetos pessoais. O crente verdadeiro tem um único projeto: glorificar a Deus em sua vida com sofrimento ou sem sofrimento, com revezes ou sem revezes. Os mártires da igreja se viam a si mesmos como secundários e Deus como o prioritário, por isso glorificaram a Deus em seus sofrimentos. Nos cultos neopentecostais o homem é o foco, é a causa e a razão. O homem é o centro do culto e Deus torna-se servo. A liturgia neopentecostal toma uma direção totalmente horizontal. Um slogan bastante usado pelos líderes neopentecostais é: “Aqui o milagre é coisa natural”. Ora, se é natural não é milagre. Ademais, esses líderes esquecem que o culto deve expressar a natureza espiritual da igreja e seu relacionamento com Deus.
A liturgia de um culto deve enfatizar o senhorio de Jesus e não apenas Jesus como provedor de necessidades humanas. O culto neopentecostal é pobre de Bíblia. A Bíblia não é central é periférica. As pregações são cheias de chavões positivos do tipo: “Deus tem uma vitória para você nesta noite”, “O gigante será derrotado nesse culto”, “Use a fé e prospere”. Enfim, é uma epidemia de confissões positiva e pouquíssima Bíblia. Dificilmente se ouvirá uma mensagem sobre perdão de pecados, a necessidade de arrependimento, vida de renúncia e a volta de Jesus nos púlpitos neopentecostais.
Os sermões neopentecostais mostram um Jesus fraco e demônios fortes. Mostram um Jesus que salva, mas não tem poder para encher a vida da pessoa. Tanto isso é verdade que na visão neopentecostal o crente continua de quando em quando sendo possesso de demônios. Há uma supervalorização dos demônios chegando às raias do ridículo: “Comece a se manifestar pomba gira”, “Manifeste-se exu tranca-rua” são frases que saem da boca dos gurus neopentecostais.
O clima de um culto neopentecostal é de lavagem cerebral pela técnica de repetição de frases curtas: “Olhe para seu irmão e diga…” Não é um clima de ensino e doutrina. A técnica é de manipulação e de despersonalização. A letra dos cânticos nos cultos neopentecostais expressa uma linguagem mística, e muitas vezes esotérica, sem abordar as verdades fundamentais da teologia cristã. Os grandes temas da fé como a salvação, a cruz, a redenção e a justificação não são mencionados nos cânticos. A realidade é que se espremermos a maioria dos cânticos neopentecostais não dá uma colher de sopa de doutrina. As letras das músicas são guisados de Jacó que trazem malefícios à fé apostólica. Falam de paz e amor para elevar o ego dos ouvintes. Quanto à cristologia constata-se claramente que a pessoa de Jesus se esvanece no neopentecostalismo.
O Cristo dos neopentecostais é uma pessoa decorativa, é uma pálida caricatura do Cristo do Novo Testamento, pois o nome de Jesus é mostrado como se fosse uma senha para acessar o site das maravilhas e fazer o download do milagre de que se necessita. O Jesus dos neopentecostais é mostrado não como a segunda pessoa da trindade, mas como um mágico, um talismã, um nome a manipular, um dístico. Tanto isso é verdade que a ênfase teológica do neopentecostalismo não é cristológica, mas pneumatológica, ou seja, a pessoa de Jesus é apagada e a ênfase é dada ao Espírito Santo. Para os pastores neopentecostais, Cristo é o canal para nos trazer o Espírito Santo, quando na verdade é o Espírito Santo quem nos conduz a Cristo e que desvenda a pessoa de Cristo ao fiel. Quando a cristologia é fraca a soberba do homem é grande. A palavra de João Batista “Importa que Ele cresça e que eu diminua” não encontra espaço no neopentecostalismo.
Os líderes neopentecostais se vêem como mediadores entre Deus e os homens. Sua palavra supera o valor das Escrituras. Eles disputam espaço com Cristo. Eles gritam: “Eu senti no meu coração e pronto”, ou seja, se sentiu no coração é verdade absoluta. Esquecem esses líderes que não é que nós sentimos em nosso coração, é o que a Bíblia diz. Se sentirmos de uma maneira, e a Bíblia disser de outra, nós é que estamos equivocados, e não a Bíblia.
Os crentes antigos oravam assim: “Senhor me esconde atrás da cruz de Cristo”, os líderes neopentecostais trocaram a oração por: “Senhor esconde a cruz de Cristo atrás de mim”. De acordo com as Escrituras o verdadeiro pastor pregar a obra de Jesus, mas os pastores neopentecostais completam a obra de Jesus, ou seja, Jesus só produz efeito na vida de uma pessoa através da “oração forte” que eles fizerem. Só eles têm poder sobre os demônios, só eles têm “a chave da oração forte”. Eles são o Sumo-Sacerdote e Jesus é apenas um ente espiritual. Nesse contexto, Jesus precisa ser reforçado pela “oração forte” de um guru neopentecostal. O neopentecostalismo é maléfico, pois apresenta um Evangelho descorado onde as visões e revelações estrambóticas é o referencial para o crescimento espiritual.
Enfim, o neopentecostalismo é um desserviço ao Evangelho.

domingo, 20 de novembro de 2011

Como o Anti-Semitismo corrompeu a Igreja

Por Renald Showers

Já se passaram quase dois mil anos desde que a nação de Israel falhou em aceitar Jesus como seu Messias e Redentor.
Quem levaria ao mundo a mensagem da salvação enquanto Israel estivesse espiritualmente afastado dessa missão (Rm 11)?

Na eternidade passada, Deus determinou constituir uma nova entidade para realizar Sua obra durante esse intervalo de afastamento espiritual de Israel, a saber, a Igreja. A Igreja seria de âmbito internacional, composta de crentes em Cristo de origem judaica e de crentes em Cristo gentios de todas as partes do mundo (Ef 2.11-3.11). Ela nasceu no Dia de Pentecostes, dez dias depois da ascensão de Jesus ao céu (At 2; At 11.15).

Jesus deu ordens para que a Igreja pregue o Evangelho (i.e., “boas novas”) de Sua morte, sepultamento e ressurreição a todos os povos do mundo, e que faça discípulos de todas as nações (Mt 28.19-20; Mc 16.15). Agora, o alvo de Satanás é a Igreja.

Satanás, primeiro, tentou destruí-la fisicamente através da perseguição. Embora muitos crentes em Cristo, judeus e gentios, tenham perdido sua vida como mártires, a Igreja continuou a crescer e a se expandir em todo o Império Romano. Assim, no início do quarto século, Satanás chegou à conclusão de que não conseguiria destruir a Igreja fisicamente.

Então, Satanás passou a pervertê-la através de crenças e práticas contrárias ao que a Bíblia ensina. Ele utilizou dois meios para atingir seu objetivo: a união da Igreja com o Estado e a Teologia da Substituição.

Do ano 311 d.C. ao ano 380, o governo romano mudou de estratégia; em vez de tentar aniquilar o cristianismo, passou a adotá-lo como a única religião permitida, ou seja, a religião oficial do Estado. Por causa desse casamento da Igreja com o Estado, um número enorme de descrentes adentrou as igrejas, inundando-as com suas crenças e práticas pagãs.

Além disso, líderes da Igreja Gentílica se dedicaram ao estudo da filosofia grega e das concepções anti-semitas. Em menos de um século depois da morte dos apóstolos, líderes importantes da Igreja Gentílica conceberam a idéia de que Deus rejeitara permanentemente Israel e o substituíra pela Igreja porque a nação de Israel rejeitou a Jesus. Dessa forma, a Igreja passou a ser o “Israel de Deus”. Esse ponto de vista equivocado se denomina Teologia da Substituição.

A mistura de crenças e práticas pagãs com filosofia grega e anti-semitismo alterou radicalmente as já estruturadas eclesiologia (natureza e função da Igreja) e escatologia (a doutrina dos acontecimentos futuros) da Fé Cristã.

Alterações na Eclesiologia:

Diante do fato de que as religiões pagãs e o povo de Israel tinham várias ordens sacerdotais, a igreja desenvolveu um sacerdócio, alterando a estrutura de liderança formada por presbíteros e pastores para uma liderança constituída de um sumo sacerdote no topo da escala hierárquica e diversos níveis sacerdotais subordinados.

E, uma vez que as religiões pagãs e o povo de Israel ofereciam continuamente sacrifícios de sangue, a igreja instituiu uma alteração no significado da Ceia do Senhor, mudando de um memorial da morte de Jesus (que é a concepção das Escrituras) para um contínuo sacrifício do Salvador.

Alterações na Escatologia:

A concepção original da Igreja era o quiliasmo (essa concepção atualmente se denomina Pré-Milenismo, que é defendida pelo nosso ministério). [N. do T.: quiliasmo vem da palavra grega chilias, “mil”, de onde se originaram os termos “milênio” e “milenarismo”. Hoje em dia, o termo quiliasmo é geralmente usado em sentido restrito para referir-se à crença de que Cristo voltará antes do Milênio]. O quiliasmo afirmava que o Messias um dia voltará e reinará politicamente na qualidade de Soberano do Reino Teocrático de Deus na Terra, durante o último período da história desta Terra atual.

Pelo fato de que essa também era a concepção na qual o antigo Israel cria, líderes anti-semitas da Igreja Gentílica a rejeitaram sob o pretexto de ser “opinião judaica”. Eles a substituíram por um novo conceito denominado Amilenismo. O ponto de vista amilenista assevera que não haverá um futuro Reino Teocrático de Deus na Terra governado pelo Messias. Pelo contrário, o Amilenismo afirma que o futuro Reino de Deus predito na Bíblia vem a ser a Igreja – um reino que, em vez de ser político, é inteiramente espiritual, estabelecido por Jesus na ocasião de Sua Primeira Vinda.

A Igreja Católica Romana, que adotou a Teologia da Substituição e o Amilenismo durante toda a Idade Média, reivindicou ser o Reino de Deus na Terra predito na Bíblia e, por conseguinte, acreditava que tinha o direito de impor suas crenças e diretrizes políticas sobre todos os povos. Baseada nisso, ela se tornou uma poderosa máquina religiosa e política que, por muitos séculos, dominou todos os aspectos da vida na Europa Ocidental, a ponto de tanto entronizar quanto destronar reis e imperadores, além de perseguir multidões incontáveis de judeus.

Os reformadores que protagonizaram a Reforma Protestante do século XVI romperam com a Igreja Católica Romana em várias áreas da eclesiologia e da doutrina. Eles enfatizaram as seguintes verdades do Novo Testamento: a justificação unicamente pela fé; o sacerdócio de cada crente em Cristo; e a Bíblia como autoridade única de fé e prática.
Contudo, no que diz respeito à escatologia, os reformadores rejeitaram o Quiliasmo (i.e., Pré-Milenismo) considerando-o como “opinião judaica” e sustentaram a concepção amilenista da Igreja Católica Romana.

Satanás Infecta o Protestantismo

O fundamento protestante, enfatizado no século XVI, da justificação unicamente pela fé, era uma ameaça para Satanás. Se as pessoas, em vez de confiarem em suas “boas obras”, viessem a depositar a sua fé exclusivamente em Jesus, passariam a ser genuínos crentes em Cristo e seriam transferidas do reino de Satanás para o Reino do Filho de Deus (Cl 1.13-14). De modo que o Protestantismo se tornou alvo do ataque de Satanás.

Primeiramente, Satanás tentou destruí-lo fisicamente por meio da perseguição. Muitos protestantes foram martirizados na Alemanha, França, Holanda, Inglaterra e na Escócia. Porém, quanto mais se perseguia o Protestantismo, mais rapidamente ele se propagava.

Então, ao perceber que não conseguiria aniquilar o Protestantismo, Satanás tentou pervertê-lo através de crenças e práticas contrárias ao que a Bíblia ensina. Por vários séculos, Satanás usou uma série de movimentos intelectuais e filosofias que rejeitavam a Bíblia como o registro divinamente inspirado da Revelação de Deus ao homem, numa tentativa de solapar a fé bíblica de muitos protestantes.

Em conseqüência disso, no final do século XIX e começo do século XX, um percentual significativo do Protestantismo se corrompeu com crenças contrárias à Bíblia. Muitos passaram a negar a realidade da Queda e da natureza pecaminosa do ser humano; a inspiração divina e a autoridade da Bíblia; o nascimento virginal de Cristo; a divindade, a expiação substitutiva, a ressurreição corporal e a Segunda Vinda de Jesus Cristo.

Deus soberanamente contrabalançou tal perversão satânica com o avivamento Wesleyano do século XVIII, com o Grande Despertamento nas Colônias Americanas, com o Segundo Despertamento, com os avivamentos liderados por D. L. Moody, com o movimento dos institutos bíblicos, com a criação de organizações missionárias de fé, e com as conferências sobre a profecia bíblica.

Por volta do fim da Primeira Guerra Mundial, uma parcela considerável do Protestantismo rejeitava a revelação divina em todas as suas formas, revelação essa que é o único meio de se constatar a existência do Deus criador e soberano do universo. Satanás usou essa rejeição para lançar seu mais atual ataque nessa guerra contra Deus: a crescente negação da existência de Deus.

Essa negação tem produzido as seguintes mudanças radicais na sociedade: uma atitude de desespero quanto ao supremo significado e propósito da vida humana; a rejeição de valores morais absolutos, provocando um colapso da moralidade; o repúdio da verdade objetiva para toda a humanidade; a rejeição de um padrão objetivo que possibilite discernir entre o certo e o errado; uma redefinição do que vem a ser tolerância; um movimento feminista radical; e uma absoluta tendência de humanizar Jesus Cristo e divinizar o ser humano.

Ao que parece, Satanás está preparando o terreno para lançar a maior de todas as investidas na sua guerra contra Deus.

Renald E. Showers é autor, professor e conferencista internacional a serviço de The Friends of Israel.

Publicado no Beth-Shalom
 



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cristãos: Perseguição, espancamento e morte.

 

Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;

E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
2 Timóteo 3:11-12
Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;

E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
2 Timóteo 3:11-12
Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;

E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
2 Timóteo 3:11-12

Gostaria de compartilhar com vocês este vídeo, ele possui imagens chocantes de barbáries cometidas a cristãos. É fácil de encontrar uma imensa quantidade de materiais sobre o assunto em questão na internet, inclusive de pessoas sendo queimadas vivas, sem um mínimo direito de defesa. Um estudo diz que perto de 165.000 cristãos são martirizados todos os anos; Um cristão é martirizado a cada 3 minutos; Mais de 250 milhões de cristãos em mais de 60 nações estão vivendo sob perseguição; 60% dos cristãos perseguidos em todo o mundo são crianças.






Edgard Antunes.

Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;

E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições
2 Timóteo 3:11-12

domingo, 13 de novembro de 2011

Que as igrejolas que pregam um falso evangelho desapareçam!


A maioria das pessoas está em busca de solução para os seus problemas, uma vida melhor, vida de paz, sem problemas, sem doença, mas são avessas às exortações, às recomendações de santificação. Estão buscando pão como nos dias de Jesus.
Hoje, existem algumas igrejolas que oferecem a essas pessoas exatamente aquilo que elas querem necessitam. E se você repreende alguém, recebe esta advertência: “Veja o bem que estou recebendo! Se me faz bem, deve ser de Deus!”, ou seja, se traz sucesso, solução, faz mudar de vida e traz felicidade, deve ser de Deus.

O interessante com essas igrejolas é que o modo como vem a “bênção”. Eles ensinam que se você obedecer a uma fórmula, pré-estabelecida, a bênção virá, assim como a felicidade, a paz, a cura...

Essa formula, normalmente, é algo que envolve um pastor super ungido, o “seu pai” espiritual que intercede por você a Jesus, ou algo relacionado a dinheiro. Sempre são fórmulas alheia às Santas Escrituras.

Geralmente, a ideia surge de uma visão que alguém teve, e daí é elaborado o sistema. As fórmulas podem até citar as Escrituras, mas citem ao acaso, com texto fora do contexto transformado em pretexto. Uma fórmula mágica.

Outro aspecto que é característico de uma igrejola que está a fim de transformar você numa pessoa “estranha” é o testemunho pessoal. O que os bispos, pastores, apóstolos destas igrejolas falam é sobre sua vida, o que era e o que são agora. Que eram assim até entrarem para esta “igreja”, o seu problema está resolvido.

Não ensinam as doutrinas fundamentais do cristianismo. Enfatizam apenas uma fórmula. Vejam que eles, ao enfatizarem seus testemunhos, começam com eles e terminam com eles, e não com Jesus como Senhor, apesar de citá-lO. Eles enfatizam apenas o que é prático. Negligenciam a doutrina.

Nessa linha de pensamento, outra característica semelhante das igrejolas é que elas oferecem a cura e a bênção “imediatamente”. Já notou isso? É o método do “atalho”, e por isso conseguem tantos adeptos.

Qualquer coisa que ofereça “atalhos” espirituais não é cristianismo da Bíblia. Mas as igrejolas perguntam: “O que você está precisando? Qual o seu problema?” E responde: “Venha. Nós podemos ajudá-lo”. E oferecem o remédio barato, fácil e rápido: saúde, cura física, a bênção que soluciona todos os seus problemas.

Mas o método do Evangelho é muito diferente. A primeira coisa do Evangelho é o conhecimento de Deus. Está é a grande mensagem da Bíblia. Abomino as igrejolas, abomino pastores, bispos, apóstolos, pessoas que estão fazendo isso nas igrejolas. Elas não passam no teste que é a Pessoa de Cristo.

Todo movimento ou ensino que não faça do Senhor Jesus Cristo e Sua morte na cruz e Sua gloriosa ressurreição uma necessidade absolutamente central, não é cristã, e sim manifestação das “astutas ciladas do diabo”.

Isso quer dizer que qualquer ensino ou movimento que diga que você pode ter esta ou aquela benção sem primeiro crer no Senhor Jesus Cristo como o Filho de Deus, como Salvador de sua alma e Senhor de sua vida, e que sem Ele você não é nada, é uma negação das Escrituras e do Cristianismo.

Não há acesso a Deus e não há conhecimento de Deus como Salvador e Libertador se não for por meio de Cristo. As igrejolas são um insulto a Deus, a Jesus Cristo, não têm direito de existir. Se você acha que Jesus não é suficiente e que deve ir às igrejolas em busca de ajuda e “bênção” (cura, prosperidade…), você está negando-O e insultando-O.

A fé que sustentou, fortaleceu e abençoou os santos no transcurso dos séculos e que tem resistido a todos os testes que se podem conceber é suficiente. Você não tem necessidade de seguir alguma ideia nova, moderna, que só passou a existir no século passado ou neste.
Publicado no Blog Assem-Bereia de DEUS
 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A unção da Bicharada

Por Renato Vargens


Por acaso você já percebeu que vivemos numa época onde se tem unção para todo tipo de gosto? Pois é, os adeptos da "zooteologia" acreditam que pessoas em estados alterados de consciência recebem da parte de Deus a mais variada unção de animais.
Diante disto sou obrigado a confessar que a unção da bicharada é algo que me deixa extremamente intrigado, até porque, não vejo em nenhum momento da Bíblia os apóstolos usufruindo de tais manifestações espirituais. Por acaso existem relatos nas Escrituras de Paulo latindo? Ou de Pedro uivando? Ou Timóteo rugindo? Claro que não. Entretanto, os adeptos da "zooteologia" acreditam que algumas pessoas recebem da parte de Deus a unção de animais, o que as faz latir como cães, pular como macacos, rastejar como cobras.
Lembro que há pouco tempo a Ana Paula Valadão e o ministério Diante do Trono protagonizaram uma das piores cenas já vistas. Movidos por aquilo que denominam de unção dos quatros seres viventes, os integrantes deste famoso grupo rugiam como leões, batiam os braços imitando as asas de uma águia, além de rolarem como bichos palco abaixo.
Caro leitor, sinceramente confesso que não sei aonde vamos parar. O que fizeram com o evangelho de Cristo? O que fizeram da sã doutrina? Diante disto tudo lhe pergunto: Que Cristianismo é esse? Que Evangelho é esse? Que doutrinas são estas? Ora, esse não é e nunca foi o evangelho anunciado pelos apóstolos. Antes pelo contrário, este é o evangelho que alguns dos evangélicos fabricaram! Infelizmente, a Igreja deixou de ser a comunidade da palavra de Deus cuja fé se fundamenta nas Escrituras Sagradas, para ser a comunidade da pseudo-experiência, do dualismo, do misticismo e do neomaniqueismo!
Como cristão repudio veementemente essa zooteologia esdrúxula que só serve para confudir o povo de Deus além obviamente de levar aos incautos deste século a blasfemarem contra o Senhor. Além disso, rogo ao Deus Todo-Poderoso que nos livre e guarde das loucuras e aberrações deste tempo!

Maranata!