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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CUIDADO: PASTORES CÃES

Por Ir. Marcos Pinheiro


Infelizmente, igrejas fundamentadas na Bíblia estão se tornando cada vez mais raras nestes últimos dias. Os fundamentos da doutrina cristã estão sendo abandonados pela aceitação do erro e da heresia. A enganação está aumentando e muitas ovelhas de Deus estão sendo enganadas por charlatões disfarçados de ministro do evangelho. Os promotores desse quadro decadente são os pastores-cães sempre desejosos de agradar e de alcançar a aprovação dos homens. Esses maus líderes gostam de bajular para obter confiança e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples. Em Filipenses 3:2 o apóstolo Paulo assinala: “Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros”. Uma das passagens mais dramáticas da Bíblia é Isaías 56:11 onde o profeta dá as características dos pastores-cães “Estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte”. Como se observa no versículo, os pastores-cães são extremamente cobiçosos, de torpe ganância, avarentos; sevem ao seu próprio ventre; sempre buscam a sua satisfação pessoal deixando as ovelhas ao abandono. A idéia de um cão pastoreando ovelhas é contraproducente ao Evangelho. Jesus enfatizou que “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. O bom pastor, não ladra, não rosna, não rezinga, não ataca, não coloca o rebanho em apuros, não alarga o caminho estreito, mas fala o que convém à sã doutrina. O objetivo primordial do bom pastor é colocar seu rebanho sob o temor contínuo do Senhor.

Os pastores-cães buscam os louvores de seus ouvintes e, jactando-se dos bancos cheios aos domingos, arvoram a bandeira falsa do avivamento. Esses maus líderes estão preocupados em solucionar as neuroses das pessoas, revestindo de açúcar seus sermões. Esquecem eles, que o único remédio para a cura dos males que afligem os homens, seja na mente ou no coração é a Palavra de Deus. Uma estratégia usada pelos pastores-cães é manter um perfil discreto e dar aos ouvintes o que eles querem, esperando que voltem no próximo domingo. Esses enganadores fazem com que as pessoas pensem que foram curadas dos seus pecados quando nunca souberam que estavam enfermas, eles colocam vestimenta de justiça sobre os seus ouvintes quando nunca souberam que estavam nus. Seus sermões são uma espécie de chá de eva-doce para acalmar os pecadores, mantê-los confortáveis e domesticá-los. Pregam um Deus meloso, bonachão que não faz exigências. Suas mensagens não têm a capacidade de arar a terra com profunidade, não rompe o solo rochoso da alma humana, não vai além da superfície. Nas igrejas dos pastores-cães a fé virou show, a adoração virou entretenimento, a santidade deu lugar ao “não tem nada a ver”, a cruz foi substituída por outra mais macia, ou seja, a freqüência do povo à igreja é comparada com o número de pessoas que vai a um parque de diversões. A igreja desses pastores-cães é a igreja da Aceitação: o pecado não é tratado com seriedade, todos podem entrar e permanecer pecadores contumazes. Esses maus líderes não entendem que clubes sociais construídos sobre o nome de Jesus Cristo não são a igreja do Novo Testamento. Um pregador que deixa de “quebrar alguns ovos” regularmente, por que tem o objetivo de ser popular, não está qualificado para o ministério. Uma característica marcante desses pastores-cães é que as experiências têm maior peso que as Escrituras. Quando as pessoas desmaiam na igreja, ou riem descontroladamente, ou latem como cachorros, ou miam como gatos, ou rugem como leões, ou se arrastam como cobras, esses pastores acham que todas essas manifestações são de Deus. Para esses réprobos a Bíblia somente é importante quando não contradiz suas experiências.

O salário altíssimo é a marca principal desses pastores-cães. A Bíblia diz que o trabalhador é digno do seu salário. Portanto, não há nada de errado um pastor receber um salário adequado. Mas, quando o pastor torna-se milionário e vive em uma grande mansão com carros do último tipo conseguidos do seu rebanho, é um lobo mercenário. Esses mercenários têm mundanizado o Evangelho. Para eles, o sucesso de uma empresa multinacional é o modelo a ser imitado pela sua igreja. É preciso entender que o mundo dos negócios está preocupado com a aparência e o lucro e não pode ser modelo para a igreja do Senhor Jesus Cristo. O verdadeiro pastor que não é mercenário é como Moisés que “permaneceu firme como quem vê o invisível” (Hb 11:27), ou seja, os seus olhos estavam sobre o invisível, o reino espiritual de Deus, não no reino deste mundo.

Os pastores-cães induzem o povo ao erro através de alianças com o que é profano. Para isso usam de jargões atraentes e diplomáticos do tipo: “Unidade na diversidade”, ”O amor une a doutrina divide”, “Devemos construir pontes e não muros”, “O verdadeiro cartão de identidade do cristão é o amor”. Através dessas frases engenhosamente bem construídas erros doutrinários grosseiros têm sido tolerados em nome do amor. Cristianismo é acima de tudo união de gregos e troianos, judeus e gentios, negros e brancos, ricos e pobres, todos unidos numa só fé. Mas, o cristianismo verdadeiro não tolera a conjugação entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. A unidade não deve ser meramente espiritual, mas acima de tudo deve ser bíblico-doutrinária. Assim como a água e o óleo não se misturam, verdade e erro não podem combinar para produzir algo bom. Deus é amor, mas é também santo por isso não dá para justificar a união do santo com o profano como querem os pastores-cães. Em 2 Tessalonicenses Paulo exorta dizendo : “ Se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal e não vos mistureis com ele”. No capítulo 16 verso 17 aos Romanos, Paulo assinala dizendo: “Rogo-vos irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes, desviai-vos deles”.

No livro apocalipse há uma sentença severa para os pastores-cães “Ficarão de fora os cães” (AP 22:15). Cabem a nós, ovelhas, ficarmos atentos para a solene advertência: CUIDADO: PASTORES-CÃES!


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Só vitória, bênção pura!

Por Maurício Zágari

Maldito o dia em que nasci! Não seja bendito o dia em que me deu à  luz minha mãe! Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: nasceu-te um filho!, alegrando-o com isso grandemente. Por que não me matou Deus no ventre materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida perpetuamente? Por que saí do ventre materno tão somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de  vergonha os meus dias?

Pereça o dia em que nasci e a noite em que se disse: foi concebido um homem! Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz. Reclamem-no as trevas e a sombra de morte; habitem sobre ele nuvens; espante-o tudo o que pode enegrecer o dia. Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela? Por que houve regaço que me acolhesse? E por que peitos, para que eu mamasse? Porque já agora repousaria tranquilo; dormiria, e, então, haveria para mim descanso, ou como aborto oculto, eu não existiria, como crianças que nunca viram a luz. Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo, que esperam a morte, e  ela não vem? Eles cavam em procura dela mais do que tesouros ocultos. Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece. Não tenho descanso, nem sossego, nem repouso, e já me vem grande perturbação.

 Fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas.

Fui torturado, não aceitando meu resgate, para obter superior ressurreição; Fui apedrejado, provado, serrado pelo meio, morto a fio de espada; andei peregrino vestido de peles de ovelhas e de cabras, necessitado. afligido, maltratado, errante pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra.


Todos os trechos que você leu acima foram reproduzidos ao pé da letra ou adaptados das passagens Jeremias 20; 2 Coríntios 11; Hebreus 11; e Jó 3. Eles mostram como um homem de Deus, amado pelo Senhor, pode enfrentar montes de tribulações nesta vida, o que desautoriza completamente a Teologia da Prosperidade e o triunfalismo que é pregado em muitos púlpitos, que defendem que a vida do crente é só vitória, bênção pura.


Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça.


Paz a todos vocês que estão em Cristo.


Fonte: Apenas

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Atenção: Mutretólogos no Pedaço


Por Ir. Marcos Pinheiro




O pastor e teólogo fundamentalista A. W. Tozer disse: “O Evangelho de hoje não transforma as pessoas; pelo contrário, está sendo transformado por elas”. Atualmente estamos vivendo o tempo de subversão da fé. Um ostensivo ocultismo está em franco crescimento nas igrejas evangélicas brasileiras. Muitos crentes carecem de um perfeito embasamento bíblico para sustentar a sua fé, e por isso, precisam de mais e mais sensações e novidades. À semelhança dos samaritanos de Atos 8, muitos hoje se deixam levar por atos de misticismos, superstições e feitiçarias carismáticas como a do amarrar satanás, a do pó de ouro, toalha ungida que suga as enfermidades e pecados, mapeamento espiritual, oração de respiração, oração sobre carteira de dinheiro e sobre fotos, repreensão de maldição sobre automóveis, apartamentos e eletrodomésticos, migração demoníaca através do documento de cidadania, visualização da bênção, confissão positiva, terapia de regressão, maldição hereditária, numerologia. Nesse contexto as igrejas que têm as Escrituras como regra de fé e prática são desafiadas nesses últimos dias a dar uma resposta a essa avalanche demoníaca.

Os samaritanos estavam maravilhados por Simão, o mágico, apesar de sua mutretagem: “Este é a grande virtude de Deus (Atos 8:10). O povo de Samaria tinha Simão como uma grande personagem de Deus. Na verdade, Simão era um mutretólogo, ou seja, um especialista em mutretagem. Pedro percebeu que a obra de Simão era fel de amargura e laço de iniqüidade (v23) que estava penetrando na igreja. Na verdade o apóstolo alertou os crentes de Samaria referindo-se a Deuteronômio 29:18 que diz: “Para que entre vós não haja homem, nem mulher, nem família, nem tribo, cujo coração hoje se desvie do Senhor, nosso Deus, e vá servir aos deuses destas nações; para que entre vós não haja raiz que dê fel e veneno”. Pedro previu que a idolatria de Israel iria se manifestar nas igrejas em Cristo, com adoração aos corruptos mutretólogos. Lamentavelmente, o povo brasileiro está sendo enganado pelas mutretagens feitas pelos mutretólogos americanos, as quais são muito bem copiadas por grande parte dos “pastores” mutretólogos brasileiros, “doutores” em mutretatologia.

Uma característica dos mutretólogos é fazer de Satanás o grande astro do momento. Satanás sempre é colocado no topo. Os demônios são fortes e o Senhor Jesus Cristo é fraco. Jesus é tão fraco que é incapaz de libertar as pessoas que são salvas por Ele, pois mesmo salvas ficam presas as maldições e vodus, e que precisam de uma “oração forte” de um mutretólogo. Esquecem esses falsários que Deus “nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” (Cl 1:13). O verbo grego traduzido por “libertar”, neste versículo, está num tempo verbal chamado de “aoristo”, que apresenta a ação como completa. Isto quer dizer que Deus nos libertou de uma vez por todas das garras do diabo. O sangue de Jesus é suficiente para libertação total. Não temos que quebrar mais nenhuma maldição. Não há maldição para o Crente. “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1) e “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3:13).

É interessante notar que em cada culto os mutretólogos oram amarrando Satanás. Aqui cabe uma indagação: Quem solta Satanás após ele ser amarrado? Uma vez que ele deve ser amarrado em cada culto alguém deve soltá-lo depois. Há muito tempo procuro uma resposta a essa indagação. Em suas “passeatas para Jesus”, os mutretólogos decretam: “Satanás está amarrado nessa cidade”. Se esse jargão é funcional não deveria haver mais estupros, nem crimes, nem assaltos, nem prostituição, nem seqüestros, nem roubos, nem cracolândia nas cidades. Se “amarrar Satanás” for uma expressão verdadeira, então, a terra virá céu e as penitenciárias não receberão mais bandidos. Todos os “doutores” em mutretatologia dizem: “Demônios podem está presentes em objetos amaldiçoados e em utensílios usados em templos pagãos”. Isso é misticismo, pois o conceito de demônios habitando em objetos, em coisas como tesouras, árvores, livros, paredes, comidas têm sua origem no paganismo e na mitologia grega. As Escrituras falam dos demônios atuando especificamente em seres vivos: humanos e animais.

As igrejas do mutretólogos são demoniocêntricas, pois é praxe se fazer pirotecnia em torno das pessoas supostamente endemoniadas. Entrevistas e bate-papos com demônios prevalecem em suas igrejas. Na verdade se admitirmos que as entrevistas e bate-papos sejam de fato com demônios, então, o Jesus dos mutretólogos é debilitado, pois aonde a luz do mundo se faz presente as trevas se dissipam. Jesus nunca bateu papo com demônios. Ele não se rebaixava a ficar conversando com demônios. Com uma única palavra os mandava embora. Nas igrejas demoniocêntricas ou lucifereianas prevalece os berros do tipo: “Está queimado”, “está amarrado”, “está arrebentado”, “está esfolado”, “eu decreto”, “eu ordeno”, “eu determino”. Os berros juntam-se com a barulheira das caixas de sons, os ritmos carnavalescos e a fala melosa e plástica do “ministro de louvor”. Para completar a algazarra litúrgica, os mutretólogos colocam nomes nos demônios. Eles ensinam que os crentes têm que saber o nome do demônio que está na pessoa para poder expeli-lo, caso contrário, o demônio não sai da pessoa. A Bíblia não dá nome a nenhum demônio. A exceção é a daquela “legião” (Mc 5:9) que simplesmente quer dizer “muitos”. Os “doutores” da mutretagem insistem em dizer que os demônios têm nomes, pois quando são entrevistados eles dizem os seus próprios nomes. Ora, desde quando o testemunho de um demônio pode servir de base para formulação doutrinária?

A rejudaização do Evangelho é algo marcante entre os “doutores” em mutretatologia. Os mutretólogos são especialistas em usar as práticas do Antigo Testamento para iludir suas ovelhas transformando o santo Evangelho num produto de consumo mais barato que chiclete. Muitos desses mutretólogos nutrem as pessoas de sentimentalismo barato dizendo-lhes que o verdadeiro batismo é aquele que ocorre nas águas onde Jesus se batizou. Desse modo, organizam caravanas para Israel, a preço exorbitante, para batizar as pessoas e algumas que já foram batizadas, vulgarizando, ultrajando e assassinando o valor teológico do batismo. Para promover a superstição e a feitiçaria em seu lixo litúrgico e em seus atos proféticos profanos esses embusteiros trazem sal do mar morto, folhas de oliveiras, areia do jardim do Getsêmani, água do rio Jordão, pasta de figo, estrela de Davi, réplica da arca da aliança, réplica do cajado de Eliseu, menorah, shofar, kipar. Toda essa parafernália tem um objetivo maior: satisfazer ao deus mercantilista que eles servem – “Eis aqui Senhor, engorda-me a mim”. Os gálatas estavam entrando pelo caminho judaizante e Paulo os admoestou dizendo-lhes: “Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?” (Gl 3:1).

Na época de Miquéias, a mutretagem corria livre. Os sacerdotes ensinavam por interesse e os profetas com suas feitiçarias adivinham por dinheiro (Mq 3:11). Os mutretólogos na época de Miquéias além de ambiciosos e corruptos eram cínicos: “Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá” (Mq 3:11). Esses mutretólogos eram tão dilaceradores que se alguém não lhes enchesse os bolsos, eles promoviam guerra contra essa pessoa: “Apregoam guerra contra aqueles que nada lhes metem na boca” (Mq 3:5). Mas, o mais lamentável era que o povo gostava desses sacerdotes e profetas (Mq 2:11). Esse quadro, infelizmente, se repete nos dias atuais. A maioria dos brasileiros gosta de ser iludido pelas mutretagens do Valdomiroismo, Macedoismo, Soaresismo, Rodovalhoismo, Terranovaismo, Felicianoismo, Valniceismo, Cerulloismo, Murdockismo, Malafaiaismo.

O propósito de Satanás nesse tempo do fim é paganizar o Santo Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Que o Senhor nos conceda o discernimento necessário para não cairmos na rede da mutretagem. Firmemo-nos nas santas doutrinas bíblicas, pois elas são a âncora da alma nessa área da mutretagem espiritual no fim dos tempos.